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|Honduras

Forte repressão nas Honduras em protestos contra as privatizações

Sindicatos de docentes e médicos declararam-se em «mobilização permanente», protestando contra legislação que, em seu entender, visa privatizar os serviços e atacar os direitos dos trabalhadores.

A Polícia hondurenha reprimiu de forma violenta as manifestações de protesto contra a reeleição de Juan Orlando Hernández
A Polícia hondurenha reprime de forma violenta manifestações de protesto contra a reeleição de Juan Orlando Hernández (foto de arquivo) Créditos / Resumen Latinoamericano

Dezenas de agentes da Polícia hondurenha investiram com grande violência sobre milhares de pessoas que, esta sexta-feira, se manifestaram na capital das Honduras, Tegucigalpa, contra a legislação aprovada na véspera, no Congresso, relativa às áreas da Saúde e da Educação.

De acordo com fontes locais, cerca de 10 mil manifestantes marcharam, no final do dia, com tochas acesas e gritando «Fora JOH» [iniciais do nome do presidente hondurenho, Juan Orlando Hernández]. Quando se concentraram em frente do Palácio Legislativo, no centro de Tegucigalpa, foram atacados por dezenas de polícias, que lançaram contra eles bombas de gás lacrimogéneo.

Segundo refere a TeleSur, as mobilizações, convocadas por sindicatos de professores e pelo Colégio Médico Hondurenho (CMH), duraram todo o dia e visaram denunciar as propostas que o Congresso aprovou na quinta-feira, sem debate, no meio de grande tensão e com os votos dos deputados do Partido Nacional, que apoia o executivo de Orlando Hernández.

Além da manifestação na capital, há registo de protestos e manifestações em San Pedro Sula e La Ceiba (Norte do país), Choluteca (Sul) e El Paraíso (Este). Luis Sosa, dirigente do Colégio de Professores da Educação Média das Honduras (Copenh), disse à TeleSur que os protestos «alastraram a todo o país».

Privatizar e atacar conquistas

Para os organizadores das manifestações, a nova legislação permitirá ao governo proceder à realização de «despedimentos massivos de funcionários», acabar com «as conquistas que os trabalhadores alcançaram em décadas de luta» e implicará a privatização dos sectores da Educação e da Saúde no país centro-americano.

Em protesto contra este cenário, Suyapa Figueroa, presidente do CMH, anunciara a «convocação de uma greve a nível nacional na Saúde e na Educação» para sexta-feira, mas, entretanto, os profissionais de ambos os sectores já se declararam em estado de «mobilização permanente», segundo informa a HispanTV.

Os cerca de 60 mil professores hondurenhos estão habituados a mobilizar-se na defesa dos seus direitos, tendo levado a cabo grandes manifestações, nomeadamente nos anos subsequentes ao golpe contra o presidente legítimo, Manuel Zelaya.

Para os sindicatos do sector, a nova legislação foi aprovada «por pressões» de Heidi Fulton, a encarregada de negócios dos EUA nas Honduras, e da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) que acaba de chegar ao país.

«Está aqui uma missão do FMI, que vem pressionar para que se aprofunde o modelo neoliberal», denunciou o dirigente sindical Luis Sosa, referindo-se à representação do FMI que, desde segunda-feira passada, negoceia um acordo com o governo hondurenho.

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