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|Reino Unido

Centenas de milhares de professores participam em três dias de greve no Reino Unido

O Sindicato Nacional da Educação (NEU) estima que cerca de 300 mil docentes participem na greve desta semana em defesa de aumentos salariais, recusando-se a aceitar as «chantagens» da tutela.

Pofessores em greve manifestam-se em Leeds 
Pofessores em greve manifestam-se em Leeds Créditos / @NEUnion

Hoje, estão em greve os professores filiados no NEU do País de Gales, do Sul de Inglaterra e da região de Londres, depois de, ontem, a greve se ter feito sentir no Centro do país. A primeira jornada de luta, na terça-feira, abrangeu o Norte de Inglaterra e a Escócia – sendo que aqui a greve foi convocada pelos sindicatos EIS e NASUWT.

Segundo refere o periódico Morning Star, a maioria das escolas do ensino primário e secundário foi encerrada, total ou parcialmente, sendo que algumas funcionaram de forma limitada para permitir o acesso a alguns estudantes.

Desta forma, o NEU rejeitou o «apelo» da secretária de Estado da Educação, Gillian Keegan, para que as greves destes três dias (de 28 de Fevereiro a 2 de Março) fossem canceladas, com a promessa de que, se assim acontecesse, haveria «negociações formais sobre salários, condições e reforma».

Professores em greve e com cartazes em defesa da Educação, nas imediações de uma escola de Plymouth (Sul de Inglaterra) / @NEUnion

O sindicato considerou que a reabertura de negociações não tem de estar sujeita a qualquer «forma de chantagem», tendo ainda afirmado que a «promessa» de Keegan, abaixo da inflação, nem sequer tinha fundos que a sustentassem.

Mary Bousted e Kevin Courtney, secretários-gerais conjuntos do NEU, acusaram o executivo britânico de «enterrar a cabeça na areia com a profissão a ser levada até aos limites».

Afirmaram ainda que a organização sindical estava disposta a negociar a qualquer altura, porque «os professores querem estar nas salas de aula, não nos piquetes de greve», mas frisaram que não podia haver «chantagens» e «pré-condições».

No dia 28, além das greves, houve manifestações em cidades como Manchester, Newcastle e Leeds, e o NEU avisou que, se não houver avanços tangíveis nas negociações e maior investimento na Educação, haverá greves em Inglaterra e no País de Gales nos dias 15 e 16 de Março, enquanto a secretária de Estado da Educação se referia às greves como «imperdoáveis».

Dois dias de greve na Escócia

Mais a norte, na Escócia, os sindicatos EIS e NASUWT retomaram as greves, no contexto da longa luta que mantêm por aumentos salariais que permitam fazer frente à «crise do custo de vida», à desvalorização salarial e ao empobrecimento, e depois de terem rejeitado a mais recente proposta do governo escocês, que previa um aumento salarial de 11,5% em dois anos.

Professores em greve e delegados sindicais junto a uma escola de Glasgow (Escócia) / Morning Star

Ambos os sindicatos, que convocaram greve para 28 de Fevereiro e 1 de Março em território escocês, exigem um aumento de 10%, afirmando que o governo escocês não está a negociar de boa-fé e que não vão recuar nas suas reivindicações, que são «claras».

O EIS, que promoveu a realização de greves num período de 16 dias úteis consecutivos, entre 16 de Janeiro e 6 de Fevereiro, já anunciou um novo período de paralisações de 20 dias, entre 13 de Março e 21 de Abril.

O NASUWT não anunciou mais greves mas já disse que há potencial para que isso aconteça. O representante sindical Mike Corbett disse em Glasgow que, para resolver o conflito, é necessária uma «proposta melhor».

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