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|Bolívia

Bancada do MAS pede celeridade no julgamento de paramilitares bolivianos

O líder da bancada do Movimento para o Socialismo (MAS) exigiu celeridade, esta terça-feira, no julgamento de quatro membros de um grupo extremista indiciados por acções perpetradas durante o golpe de Estado.

Membros do grupo parapolicial e paramilitar Resistencia Juvenil de Cochala, surgido durante o golpe de Estado de Novembro de 2019 na Bolívia 
Membros do grupo parapolicial e paramilitar Resistencia Juvenil de Cochala, surgido durante o golpe de Estado de Novembro de 2019 na Bolívia Créditos / la-epoca.com.bo

«A acusação que foi feita, nós aplaudimo-la e pedimos bastante celeridade para que este caso chegue ao seu término. Os que cometeram crimes […] têm de ser punidos», afirmou o deputado Gualberto Arispe, citado pela Agencia Boliviana de Información (ABI).

Num comunicado recente, o Ministério do Interior informou que Yassir Molina, Milena Sotto, Mario Antonio Bascopé e Fabio Alejandro Bascopé, membros da organização paramilitar Resistencia Juvenil Cochala (RJC), foram notificados das acusações – atentar contra a segurança interna, destruir bens do Estado e uma série de excessos e humilhações perpetrados na execução do golpe de Estado, em Novembro de 2019, e durante o regime golpista de Jeanine Áñez.

No próximo dia 6 de Junho, terão oportunidade de apresentar a sua defesa, no início de um julgamento oral público, revela a mesma fonte.

Grupos de choque deste grupo paramilitar e racista, com o rosto tapado, agrediram e raptaram, a 6 de Novembro de 2019, a presidente do município de Vinto, Patricia Arce, que foi levada até Huayculli, em Quillacollo (Cochabamba), onde a insultaram, lhe cortaram o cabelo e lhe atiraram tinta para cima.

Nesse mesmo dia, elementos deste grupo atacaram uma marcha de mulheres com saias «polleras» que se concentraram na praça principal de Cochabamba em protesto contra as acções golpistas.

De motorizada, cercaram-nas, atiraram-lhes com gás lacrimogéneo, perseguiram-nas, agarraram-nas pelos cabelos e agrediram-nas no chão, revela a Agencia Plurinacional de Comunicación.

Dois dias depois, a 8 de Novembro, na sequência do motim policial ocorrido em Cochabamba, os chamados «motoqueiros» da RJC cercaram a sede das seis federações sindicais do Trópico e incendiaram-na.

O partido Creemos, do golpista Luis Fernando Camacho e actual governador da província de Santa Cruz, criticou o comunicado do Ministério do Interior e saiu em defesa dos dirigentes da Resistencia Juvenil Cochala, cujo indiciamento afirma ser uma «perseguição política».

Por seu lado, o governo questionou essa «defesa» de um «grupo irregular» que veio à tona num momento de ruptura da ordem constitucional e contribuiu para agudizar a crise política, refere a ABI.

O ex-secretário executivo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos Paulo Abrão elogiou as acções do governo boliviano, que está a dar cumprimento às recomendações do Grupo Interdisciplinar de Especialistas Independentes (GIEI) para desmantelar a RJC.

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