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|Bolívia

Acordo Bolívia-China para exploração do lítio implica «revolução técnico-científica»

Em entrevista à Sputnik, o professor brasileiro Bruno Lima Rocha destacou o acordo recente sino-boliviano para instalar dois complexos industriais com tecnologia de extracção directa de lítio (EDL).

Créditos / Kawsachun News

Sobre o projecto, que vai ser implementado em Potosí e Oruro, o professor de Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio de Janeiro disse que vai «implicar uma revolução técnico-científica» na exploração do lítio.

Este mineral é designado como o «ouro branco» do século XXI, devido à sua importância para as indústrias aeroespacial e automóvel, e cerca de dois terços das reservas mundiais conhecidas encontram-se no triângulo formado por Argentina, Bolívia e Chile.

Na entrevista à Sputnik, o investigador brasileiro afirma que, «se outros países copiarem o modelo boliviano de industrialização do lítio e contarem com uma associação rentável para a transferência de tecnologia, poderão ter êxito».

Também destacou a importância de substituir «a tradição latino-americana de exportação de minerais por uma complexa transformação da matéria-prima».

«Ou seja, não se limitar a vender no mercado internacional, mas tentar criar um ciclo completo. Uma parte do lítio vende-se ao mercado internacional, por exemplo, à China, mas a outra parte destina-se ao processamento, transferência e desenvolvimento tecnológico», disse.

Lima Rocha, que publicou recentemente o artigo «A "guerra do lítio mineral" e o Império na América Latina», considera o modelo boliviano «interessante», mas sublinha a necessidade de «investimento». Além da China, apontou que o Banco do Sul e o banco BRICS poderiam contribuir para este processo.

Também defendeu que o processo de industrialização deve ter lugar fora do quadro do dólar norte-americano: «Se estas operações forem realizadas à margem do padrão dólar, então será perfeito. Estaríamos a falar, na verdade, de um salto qualitativo para a presença latino-americana no mercado e no sistema internacional», frisou.

No final de Janeiro, a empresa estatal Yacimientos de Litio Bolivianos (YLB) assinou um acordo com o consórcio chinês CBC (integrado pelas empresas CATL, BRUNP & CMOC) com vista a promover a implementação de duas instalações de extracção directa de lítio, em Oruro e Potosí.

Segundo revelou o Ministério boliviano dos Hidrocarbonetos e Energia, a empresa estatal boliviana supervisionará todo o processo de industrialização do mineral, desde a extracção até à comercialização.

Numa primeira fase, o consórcio chinês vai investir mais de mil milhões de dólares na construção de estradas, instalação de bases, infra-estruturas e abastecimento de energia em ambos os complexos industriais.

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