O capitalismo, as relações de exploração e o patriarcado são os temas condutores desta comédia negra que leva cinco secretárias, cansadas das injustiças que sofrem, a criar um culto secreto para cometer crimes: na primeira noite das suas menstruações sincronizadas, um enredo slasher vem à tona quando elas acabam por matar um lenhador.
As Secretárias aborda a desconfortável invasão do olhar masculinho sobre o trabalho e sobre a vida profissional das mulheres, numa peça cómica sobre género e feminismo.
A peça, escrita pelo colectivo norte-americano The Five Lesbian Brothers, em 1993, chega aos palcos portugueses em primeira mão, numa encenação de Maria Inês Marques. Considerada na vanguarda do teatro americano da época, As Secretárias sobe ao palco resgatando a estética marcante dos slashers televisivos dos anos 80 e 90. As interpretações ficam a cargo de Carolina Amaral, Crista Alfaiate, June João, Maria Jorge e Lígia Roque, e a produção é feita pela Plataforma Uma, que une o Teatro Nacional D. Maria II, o Teatro Municipal do Porto e o Teatro Académico de Gil Vicente.
Depois da estreia da peça no Teatro do Campo Alegre, no Porto, a Sala Estúdio Valentim de Barros, nos Jardins do Bombarda, recebem três sessões: a 17, 18 e 19 de Outubro.
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