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«Mulheres do Sul» dizem «basta» às ditaduras

Dezanove canções de cinco activistas sul-americanas preenchem o espectáculo Mulheres do Sul que Adriana Queiroz concebeu e levará ao palco do Teatro Ibérico, em Lisboa, com Lara Li e Luanda Cozetti.

Em 1964, um golpe militar fez o Brasil mergulhar na ditadura
Em 1964, um golpe militar fez o Brasil mergulhar na ditaduraCréditos / Memórias da Ditadura

Temas interpretados por Elis Regina, Maria Bethânia, Chavela Vargas, Violeta Parra e Mercedes Sosa preenchem o espectáculo que estará em cena no Ibérico, no dia 27 de Novembro, com o qual Adriana Queiroz pretende «chamar a atenção de todos para o que se passa na América do Sul».

«Porque há que dizer basta e que gritar basta ao aumento das ditaduras na América do Sul», frisou à agência Lusa a antiga bailarina do Ballet Gulbenkian que, depois de ter posto fim à carreira na dança, já gravou dois discos.

«Ay Carmela», «Los hermanos», «Gente humilde», «Cruz de olvido», «Maria Tepotzeca, «Debaixo d´água, «O bêbado e a equilibrista», «Asa branca», «Alfonsina y el mar», «Canción com todos» e «Gracias a la vida» são alguns dos 19 temas que preenchem o espectáculo no qual a América do Sul estará presente em cenário.

A artista «tinha [este espectáculo] na cabeça há três anos» e, após «alguns percalços», a sua montagem ocorre num momento «certo» face ao que se passa no Brasil, sublinhou Adriana Queiroz.

«Mulheres do sul surgiu-me numa época em que me perguntava e me dizia que eu era uma mulher do sul, na altura em que começou a haver uma certa diferenciação entre o Norte e o Sul da Europa, na União Europeia», indicou.

Apesar de ter percorrido a música de outros continentes, Adriana Queiroz ficou-se pela América do Sul, não apenas «por opção de coração», mas também porque foi neste continente que as mulheres mostraram uma forte capacidade para lutar, ultrapassando tudo e levando a sua voz, acrescentou.

«Como não sou cantora de intervenção, nem quis cantar, fui escolher [canções]. Para diminuir o repertório vastíssimo, primeiro escolhi cinco grandes activistas: a Elis Regina, a Maria Bethânia, a Chavela Vargas, a Violeta Parra e a Mercedes Sosa», revelou à agência Lusa.

«Depois, para estreitar ainda mais o repertório, escolhi várias canções que não eram de intervenção e que mudaram a mentalidade dos povos», indicou. «Canções que passaram a censura e se tornaram uma bandeira de luta e de resistência e que mudaram mentalidades», disse.

No espectáculo, as três intérpretes não irão «imitar» as cantoras que vão interpretar, mas antes «tentar passar ao máximo a mensagem poética dos temas que cantavam».

Adriana Queiroz diz mesmo que a civilização «não pode voltar atrás», pelo que é preciso «unir vozes para que não se retroceda em conquistas alcançadas».

Agência Lusa

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