«Gilberto Gil traduz o diálogo entre a cultura erudita e a cultura popular. Poeta de um Brasil profundo e cosmopolita. Atento a todos os apelos e demandas de nosso povo. Nós o recebemos com afecto e alegria», afirmou, em comunicado, o poeta e ensaísta Marco Lucchesi, presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL).
«As suas canções desde cedo retratavam o seu país, e a sua musicalidade tomou formas rítmicas e melódicas muito pessoais. Seu primeiro disco, concentrava a sua forma particular de musicar elementos regionais».
Gil, que terminou no domingo a digressão europeia que passou por cinco cidades portuguesas (com a participação da cantora Adriana Calcanhotto), lançou o seu primeiro disco em 1967, dois anos antes de ser forçado ao exílio político. Gilberto Gil acabou por cumprir um mandato de cinco anos (2003-2008) como Ministro da Cultura do Brasil, nos governos de Lula da Silva.
A ABL é constituída por 40 membros, efectivos, sendo atríbuida uma cadeira a cada um, intransmissível, que devem ocupar até à sua morte. Os elementos que fazem parte da academia são chamados «imortais», ficando o seu nome perpetuamente ligado à cadeira que ocuparam.
A cadeira é declarada vaga numa sessão denominada «Saudade», após a morte do seu ocupante. Os candidatos são, depois, alvo de um votação por parte dos membros da ABL, para determinar o novo ocupante. A actriz Fernanda Montenegro foi também eleita na semana passada, para a cadeira 17.
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