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Festival de Cinema de Havana começou «a lo grande»

A 43.ª edição do Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano começou, esta quinta-feira, com um convite a desfrutar «a lo grande», depois de dois anos de restrições devido à Covid-19.

«Argentina, 1985», de Santiago Mitre, foi o primeiro filme a ser exibido no Festival de Havana 
«Argentina, 1985», de Santiago Mitre, foi o primeiro filme a ser exibido no Festival de Havana Créditos / jotdown.es

Na gala inaugural, que decorreu na sala Charles Chaplin, foi exibido o filme Argentina, 1985, do realizador Santiago Mitre, que trazia consigo o prémio do público do festival Zinemaldia, em Donostia, e integra a selecção de longas-metragens de ficção a concurso.

Yumey Besú Bayo, director de um dos mais prestigiados festivais de cinema da América Latina, precisou que a selecção oficial do evento, que decorre até 11 de Dezembro, reúne 185 títulos, 103 dos quais a concurso.

Entre estes, contam-se 15 longas-metragens e 15 médias e curtas-metragens de ficção, documentários (17 longas e dez curtas), 29 títulos de animação e 15 obras-primas.

Besú Bayo explicou que o júri recebeu mais de 2000 obras, representando todos os países do continente, em especial da Argentina, do México e do Brasil, das quais fizeram uma selecção para integrar a mostra «América Latina em Perspectiva« e a secção «Apresentações Especiais».

Spot da 43.ª edição do Festival de Cinema de Havana

Em conferência de imprensa, os responsáveis pelo festival destacaram a presença de produções da Bolívia e da Costa Rica, que «são as grandes surpresas da desta edição», competindo com novos realizadores, jovens, nas secções de longas de ficção e obras-primas.

A Costa Rica apresenta a longa-metragem de ficção Domingo y la niebla (de Ariel Escalante) e as obras-primas Clara Sola (de Nathalie Álvarez Mesén) e Tengo sueños eléctricos (de Valentina Maurel), enquanto a Bolívia trouxe a Havana a obra-prima Utama (de Alejandro Loayza Grisi) e a longa de ficção El gran movimiento (de Kiro Russo).

Realidades do continente em destaque

O festival não foge ao «Panorama Contemporâneo Internacional» (com obras de outros quadrantes), mas é no contexto latino-americano actual que se centra, propondo uma selecção de documentários que mostram as realidades do continente, os seus problemas e desafios.

Segundo destacaram os responsáveis, ganham presença no grande ecrã as feridas das ditaduras sul-americanas do século passado, as marcas da colonização, o impacto da violência e a repressão, a resistência de movimentos e povos à direita hegemónica.

«Vamos mostrar muito da realidade latino-americana e caribenha no grande ecrã», disse Besú Bayo, acrescentando que se trata de um evento mais pequeno no que respeita ao número de propostas seleccionadas e ao número de salas em que os filmes são exibidos (quatro: Charles Chaplin, Yara, 23 y 12, e Acapulco).

O programa inclui um evento teórico como tributo ao realizador cubano Nicolás Guillén Landrián, uma mostra de Clássicos Restaurados, uma exposição de 30 cartazes de artistas provenientes de 11 países e lançamentos editoriais a cargo do Instituto Cubano da Arte e Indústria Cinematográficas (Icaic).

Uma das novidades da 43.ª edição do Festival de Cinema de Havana será a atribuição, por um júri independente, do Prémio Arrecife, destinado à melhor obra latino-americana de temática queer.

Fundado a 3 de Dezembro de 1979 pelo cineasta cubano Alfredo Guevara, o certame atribui como máxima distinção o Grande Prémio Coral, que simboliza os vastos recifes do Mar das Caraíbas.

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