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|País de Gales

Jovens médicos no País de Gales em greve pela valorização dos salários

A paralisação iniciada esta segunda-feira de manhã em defesa dos salários prolonga-se até às 7h de sexta-feira, sendo a terceira que os jovens médicos galeses realizam desde Dezembro.

Piquete de greve de jovens médicos no País de Gales, a 25 de Março de 2024 
Piquete de greve de jovens médicos no País de Gales, a 25 de Março de 2024 Créditos / @BMACymru

Convocada pela British Medical Association do País de Gales (BMA Cymru Wales), a greve de 96 horas é mais longa na luta dos médicos pela valorização dos salários, que sofreram uma desvalorização de quase 30% (em termos reais) desde 2008.

Oba Babs-Osibodu, co-presidente da organização sindical, considerou «bastante triste e frustante» ter de estar novamente em greve, e fez questão de sublinhar que as greves podem ser desconvocadas a qualquer altura. Para tal, basta que o governo galês apresente uma «proposta credível» como base para as negociações.

Em Dezembro do ano passado, 98% dos jovens médicos votaram a favor da greve, de modo a rectificar a erosão salarial de mais de uma década, refere a agência Anadolu.

O sindicato estima que mais de 3000 médicos não especializados participem na greve, depois de terem rejeitado a proposta de aumento de 5% apresentada pelo executivo do País de Gales.

O governo galês alega não ter capacidade para «oferecer mais», dado o estado das finanças e a falta de apoio extra do governo de Londres.

«Basta de desvalorização e desprezo»

No entanto, o sindicato sublinha que é preciso dizer «basta», num contexto em que os jovens médicos são continuamente «desvalorizados e desprezados» pelo trabalho que fazem no NHS (serviço nacional de saúde britânico).

«A nossa determinação em recuperar o valor dos nossos salários mantém-se inabalável», disse Babs-Osibodu, que classificou a proposta da tutela como «inadequada».

«Os jovens médicos começam as suas carreiras a ganhar 13,65 libras [16 euros] por hora no País de Gales. É tudo o que merecem?», perguntou o dirigente sindical, frisando que «estão a prestar cuidados de saúde que salvam vidas, depois de anos de formação e a fazer frente a dívidas até 100 mil libras [116,6 mil euros]».

Por seu lado, Peter Fahey, também co-presidente do BMA Cymru Wales, mostrou-se igualmente desapontado com a actual situação, afirmando que os jovens médicos avançam para a greve porque não lhes dão alternativa.

«Não é de admirar que estejamos a perder médicos, já que procuram melhores salários e condições noutros locais», disse.

«Perder os nossos médicos quando as listas de espera batem recordes significa que os utentes vão sofrer mais do que sofrem agora», alertou.

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