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|Reino Unido

Trabalhadores da Amazon no Reino Unido em luta por melhores salários

Mais de 1100 funcionários da Amazon em dois armazéns no Centro de Inglaterra vão fazer greve no início de Agosto, anunciou esta quinta-feira o sindicato GMB.

Trabalhadores da Amazon em Coventry durante a greve de 25 de Janeiro de 2023 
Trabalhadores da Amazon em Coventry durante a greve de 25 de Janeiro de 2023 Créditos / Morning Star

A paralisação agora anunciada dá sequência a um conflito que se prolonga há meses, durante o qual os trabalhadores têm exigido aumentos salariais, mas também têm denunciado «práticas de gestão autoritárias e longas horas», num ambiente «extremamente hostil» – isto porque a empresa não reconhece o sindicato e tem sido acusada, pelo mundo fora, de práticas anti-sindicais.

Rachel Fagan, responsável do GMB, sublinhou que a empresa fez tudo para travar as paralisações ao longo destes meses, «mas que os trabalhadores se mantiveram firmes nos piquetes de greve e estão mais determinados que nunca a conquistar as 15 libras e outros direitos».

A dirigente sindical prevê que a luta alastre, sobretudo depois de, em Junho, os trabalhadores em Coventry terem votado a favor de prolongar o conflito por mais seis meses.

Nesse sentido, afirmou que «a luta pelos direitos dos trabalhadores na Amazon está apenas a começar», tendo revelado que os funcionários no armazém de Rugeley devem parar a 3 e 4 de Agosto, enquanto os seus colegas em Coventry farão greve nos dias 4 e 5.

A luta pelos salários na Amazon no Reino Unido já dura há um ano. A proposta de aumento salarial de 57 cêntimos, feita pela empresa em Agosto do ano passado, foi classificada como «ofensiva» pelo sindicato, com os trabalhadores em Coventry a auferirem pouco mais do que o salário mínimo.

Em resposta às dezenas de paralisações nos armazéns, que começaram em Janeiro deste ano, a Amazon respondeu que revê de forma regular os salários de modo a «oferecer salários e benefícios competitivos». Acrescentou que a remuneração mais baixa aumentou 10% em menos de um ano e mais de 37% desde 2018.

No entanto, os trabalhadores não se mostram convencidos com as alegações da empresa – que aumentou o salário mínimo por hora para 11 libras – e reivindicam uma remuneração de 15 libras por hora, de modo a poderem fazer frente ao custo de vida.

Darren Westwood, empregado da Amazon, disse ao portal bnn.network que «ninguém acredita que os 57 cêntimos que conquistámos em Coventry sejam suficientes para viver».

«Sabemos que merecemos mais. É por isso que avançamos para a greve e apelamos aos trabalhadores de outros armazéns para que se juntem a nós nas greves», frisou.

Quando os trabalhadores da Amazon em Coventry «fizeram história», a 25 de Janeiro, ao serem os primeiros no Reino Unido «a participar numa greve formal» na empresa, Amanda Gearing, dirigente do GMB, disse que a greve evidenciava a sua «revolta».

«Trabalham para uma das empresas mais ricas do mundo e, ainda assim, têm de trabalhar dia e noite para sobreviver», denunciou.

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