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Índia: movimento pela paz condena agressão israelita a Gaza

Cerca de 300 delegados da Organização Paz e Solidariedade de Toda a Índia (Aipso), reunidos em Calcutá, condenaram a «guerra contra a Humanidade» que Israel está a levar a cabo na Faixa de Gaza.

Na 4.ª Conferência Estadual da Aipso, em Calcutá, foi expressa a condenação da agressão israelita a Gaza e vincada a ligação das lutas dos trabalhadores ao movimento pela paz 
Na 4.ª Conferência Estadual da Aipso, em Calcutá, foi expressa a condenação da agressão israelita a Gaza e vincada a ligação das lutas dos trabalhadores ao movimento pela paz Créditos / facebook.com/AipsoWestBengal

Realizou-se no domingo, em Calcutá, a 4.ª Conferência Estadual da Aipso, que juntou cerca de 300 delegados provenientes de 14 distritos de Bengala Ocidental e na qual foi vincada a condenação à «chuva de ataques israelitas» sobre a Palestina.

«Como podemos nós, enquanto indianos amantes da paz, permanecer indiferentes a essa situação internacional», disse Arindam Mukherjee, um dos delegados presentes, ao Newsclick.

A agressão israelita e a situação que a população enfrenta no enclave costeiro palestiniano centraram, em grande medida, o encontro, em que se denunciou os cerca de 100 mil mortos, feridos e desparecidos no espaço de quatro meses, de acordo com relatórios das Nações Unidas.

No Subarna Banik Samaj Hall, onde decorreu a conferência, o actor Samik Bandyopadhyay interveio para sublinhar que as guerras são muitas vezes promovidas por «grupos que procuram ganhos económicos e políticos», tendo apontado o dedo ao imperialismo, a grandes empresas e alguns órgãos da comunicação social dominante, que «promovem esforços de guerra e criam uma histeria de guerra», criando uma «propaganda que pode influenciar as pessoas e levar a consequências devastadoras».

Lembrando a agressão em curso à Palestina, Bandyopadhyay criticou fortemente este belicismo e, indica a fonte, apelou à paz e à compreensão entre as nações.

Por seu lado, o secretário-geral nacional da Aipso, Harcharan Singh Bhat, disse que a maior parte das pessoas apoia os esforços de paz, e que «apenas um punhado deseja que a guerra continue». Neste sentido, pediu às pessoas que se unam, de modo a resistir aos esforços de guerra. «Os que querem a guerra temem a unidade popular», disse.

Israel está a cometer um genocídio na Palestina

Nilotpal Basu, alto dirigente da organização de defesa da paz, disse que «o Estado de Israel reflecte as aspirações do imperialismo e do sionismo» e que está a «cometer um genocídio na Palestina».

«Cada vez mais potências europeias têm dificuldade em apoiar Israel sionista», defendeu, valorizando o facto de «não existir um único país europeu onde não tenha havido uma marcha pela paz em apoio ao povo palestiniano».

«As pessoas amantes da paz de todo o mundo estão a vir para as ruas condenar o esforço flagrante para expulsar o povo palestiniano das suas terras», destacou Basu.

Na sua intervenção, defendeu ainda um maior aprofundamento da integração, no movimento pela paz do país sul-asiático, das reivindicações dos trabalhadores, em defesa do ambiente e contra os saques das grandes empresas.

Durante a conferência, refere o Newsclick, foram aprovadas seis propostas – respeitantes à criação de um Estado palestiniano independente e soberano; à dissolução da NATO; à prossecução de uma política externa independente para proteger os interesses nacionais; à protecção do carácter democrático e secular da Constituição da Índia e à salvaguarda dos aspectos democráticos e seculares no estado de Bengala Ocidental.

Lutas dos trabalhadores ligadas ao movimento pela paz

Ao dirigir-se aos delegados, Anjan Bera, militante do Partido Comunista da Índia (Marxista) e dirigente da Aipso, destacou o facto de que, mesmo em tempos de paz, a lógica subjacente ao movimento da paz não deve ser posta de lado.

Bera associou capitalismo e guerra, sublinhou a importância de os trabalhadores lutarem contra as privatizações dos seguros, dos caminhos-de-ferro e dos serviços de telecomunicações, tendo pedido ainda apoio para o movimento dos agricultores. Todas essas lutas, em seu entender, estão ligadas ao movimento pela paz no país.

Também pediu às cerca de 60 organizações de massas que integram a Aipso para intensificarem a luta contra «os interesses corporativos e o nacionalismo hindu».

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