Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

«Está mais difícil encontrar trabalho» no Brasil

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela o aumento do desemprego, em particular o de longa duração, e confirma o facto de os trabalhadores brancos auferirem rendimentos acima da média nacional.

Em 2016, o desemprego no Brasil registou um crescimento de 36%
Em 2016, o desemprego no Brasil registou um crescimento de 36%Créditos / O Dia

Os dados revelados esta semana pelo instituto brasileiro, não condizem com a afirmação do presidente não eleito, Michel Temer, no momento da sua tomada de posse, em Maio do ano passado: «A partir de agora não podemos mais falar em crise».

De acordo com a PNAD Contínua, o desemprego no Brasil registou em 2016 um crescimento de 36%. São mais 3 milhões e 269 mil pessoas, perfazendo um total de 12 milhões e 342 mil.

Revela o Brasil de Fato que, segundo a pesquisa, «além dos 12,3 milhões de pessoas consideradas desempregadas no Brasil, há outras 12 milhões que gostariam de estar trabalhando ou têm jornada considerada insuficiente».

Acrescenta ainda que a chamada taxa de sub-ocupação, que agrega esses dois grupos, atingiu 22,2% no último trimestre de 2016, registando 17,3% no período homólogo. Ou seja, são mais 5,8 milhões de pessoas nessa condição.

Outro aspecto que sobressai da análise do IBGE é o facto de estar a aumentar o desemprego de longa duração. De acordo com o coordenador de Trabalho e Rendimento do instituto, Cimar Azeredo, citado pelo diário online, «está mais difícil encontrar trabalho».

Refere-se que para metade das pessoas, o tempo de duração de procura varia de um mês a um ano, mas a parcela que mais cresce é a das pessoas que procuram emprego há mais de um ano ou mais de dois anos – representando este grupo mais de 2 milhões de desempregados. 

A taxa média de desemprego no país foi estimada em 12% ao final do quarto trimestre do ano passado, estável frente ao terceiro (11,8%), mas acima da verificada  no final de 2015 (9%). Entre as regiões, as taxas ficam acima da média no Nordeste (14,4%), no Norte (12,7%) e no Sudeste (12,3%). E abaixo no Centro-Oeste (10,9%) e no Sul (7,7%).

Em todas as regiões brasileiras, as mulheres são as mais afectadas por este flagelo, com uma taxa de 13,8% contra 10,7% de homens desempregados. Ao nível das camadas etárias, é nos  jovens, entre os 18 e os 24 anos, que se observa a maior percentagem de desempregados, chegando aos 25,9%.

De acordo com a classificação do instituto, verifica-se também uma grande diferença quando comparadas as taxas de desemprego entre trabalhadores «brancos» (9,5%), pessoas de «cor preta» (14,4%) e «parda» (14,1%).

Simultaneamente, o coordenador do IBGE chama a atenção para um «abismo» no rendimento do trabalho. Explica que o rendimento médio dos «brancos» foi estimado em 2.660 reais, acima da média nacional. O do «pardos» cai para 1.480 reais e o dos «pretos» fica-se pelos 1.461 reais.

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui