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|Chile

Chile: greve dos docentes iniciada, proposta do governo avançada

Na terça-feira, milhares de professores chilenos iniciaram uma greve por tempo indeterminado, dada a falta de resposta do governo ao caderno reivindicativo. Entretanto, a tutela apresentou nova proposta.

Professores chilenos em luta (imagem de arquivo) 
Professores chilenos em luta (imagem de arquivo) Créditos / larepublica.pe

No final do primeiro da greve convocada pelo Colégio dos Professores do Chile, a organização sindical recebeu uma proposta governamental com vista à resolução dos problemas para os quais o sector chama a atenção há mais de um ano, sem êxito.

Neste contexto, Carlos Díaz Marchant, presidente da estrutura sindical, explicou à imprensa que o documento entregue pelo Ministério da Educação, que «contém elementos de avanço relativamente a propostas anteriores», será agora analisado em plenários e votado a nível nacional.

Assim, disse, haverá alterações no calendário de actividades da greve por tempo indeterminado – estava prevista a realização de várias acções a nível regional, esta quarta-feira, e uma manifestação nacional, hoje.

Em vez disso, acrescentou o dirigente sindical, «vamo-nos concentrar em todo o país e analisar e debater a proposta, para ver cada um dos pontos», e realizaremos «uma consulta nacional para ter a opinião de todos os docentes».

Jornada de luta com grande adesão

O primeiro dia da greve por tempo indeterminado – a terceira paralisação convocada nos últimos meses, depois de uma de 24 horas e outra de dois dias – contou com forte adesão dos docentes tanto nas várias regiões do país como na capital, onde houve comunas com um registo de 100% de paralisação.

No dia anterior, segunda-feira, ainda houve uma reunião com o titular da pasta da Educação, Nicolás Cataldo, mas, mais uma vez, sem acordo, pelo que a greve se manteve.

Carlos Díaz Marchant denunciou então que, em mais de um ano de negociação, o sindicato «não viu o sentido de urgência requerido pelas exigências» do sector, «directamente relacionadas com melhorias concretas da Educação no nosso país».

Mobilização de docentes em greve / PL

O Colégio dos Professores do Chile tem criticado a «insuficiência» das propostas e a «demora em satisfazer as reivindicações» dos professores, que passam pela questão fundamental da reparação da «dívida histórica», por melhores salários e condições de trabalho, o pagamento de subsídios em atraso ou a melhoria da qualidade da Educação no país austral.

A chamada «dívida histórica» está relacionada com os prejuízos salariais sofridos por milhares de professores do ensino público, em virtude de, no período da ditadura militar, a Educação ter passado da alçada do governo central para os municípios. Entretanto, a Lei passou a contemplar uma compensação, que não lhes foi paga.

Esta situação também teve impacto nas pensões dos professores que se reformaram nos anos seguintes. Embora os governos subsequentes à ditadura de Pinochet tenham reconhecido a «injustiça», a situação destes professores nunca foi reparada.

Mobilização de docentes em greve / PL

Em Santiago do Chile, frente ao Palácio de La Moneda, os docentes insistiram ainda na alteração do sistema de financiamento do ensino público, no fim da sobrecarga laboral e em medidas para resolver, com carácter de urgência, o problema da violência nos recintos escolares.

Novidades da parte da tutela

Na proposta apresentada na segunda-feira à noite (terça-feira em Portugal), o Ministério da Educação compromete-se a resolver todos os casos de «dívida histórica», começando em 2024 pelos 25% mais urgentes, que serão determinados por uma mesa conjunta, indica a Prensa Latina.

Outra novidade é o anúncio segundo o qual, em Setembro, serão pagos todos os subsídios em atraso referentes a 2018 e, em Outubro, os relativos ao ano seguinte.

No que respeita à violência nos recintos escolares, o governo chileno vai apresentar propostas curriculares sobre a «solução pacífica e democrática de conflitos», bem como «campanhas informativas, destinadas a reforçar a convivência», indica a fonte.

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