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|Haiti

Celac pede diálogo no Haiti e rejeita opção militar

Xiomara Castro, que preside à Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), rejeitou a possibilidade de uma intervenção militar no Haiti, onde a crise e a violência se arrastam.

Imagem de arquivo Créditos / La Jornada

Num comunicado emitido sexta-feira, a presidente das Honduras, actualmente à frente da Celac, rejeitou a possibilidade de uma intervenção militar no Haiti. «Sob nenhuma justificação podemos permitir uma acção militar que viole o princípio de não intervenção e o respeito pela autodeterminação dos povos», declarou.

Tendo em conta a «crise prolongada no Estado haitiano», Xiomara Castro convocou uma reunião de emergência com os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonçalves (a troika do organismo), e promoveu a criação de uma Mesa de Cooperação e Diálogo Político para o Haiti.

Além disso, invocando a situação de crise que se arrasta no país caribenho, «agravada pelo assassinato do primeiro-ministro Jovenel Moïse em 2021, pela violência que hoje se abate sobre o povo do Haiti e por considerá-lo fundamental para determinar o seu destino», Castro convocou uma reunião extraordinária da Celac para esta segunda-feira, tendo como propósito a implementação de acções a favor do país antilhano.

A presidente hondurenha destacou, no documento, que os países-membros da Celac são «obrigados» a acatar a Declaração de Kingstown, aprovada no início deste mês, e afirmou que «a crise actual exige uma solução liderada pelo Haiti que abarque um diálogo amplo entre a sociedade civil e os actores políticos».

O «intervencionismo é um fracasso», afirma a ALBA-TCP

Num comunicado em solidariedade com o povo haitiano, emitido quinta-feira passada, a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado Comercial dos Povos (ALBA-TCP) sublinha que a «situação complexa exige atenção imediata e ajuda internacional para a população, sendo o seu bem-estar e desenvolvimento as principais razões para qualquer acção que se planeie realizar hoje no Haiti».

Os países do mecanismo de integração regional reafirmam que «o intervencionismo representou historicamente um fracasso para o desenvolvimento do bem-estar económico e social do povo haitiano» e, nesse sentido, pedem que não repitam «os erros do passado, considerando o grave historial de intervenções estrangeiras que tanto mal estrutural causaram à integridade daquele país».

O texto divulgado pelo secretário executivo da ALBA-TCP, Jorge Arreaza, na sua conta de Twitter (X), afirma ainda que a única forma de contribuir para a superação da «situação difícil» no Haiti é através de «mecanismos de cooperação eficazes, a solidariedade, o respeito pela soberania e pela autodeterminação dos povos, o direito internacional e a garantia dos direitos fundamentais da população do Haiti».

País mergulhado numa onda de violência

O Haiti, um dos países mais pobres da América Latina e Caraíbas, mantém-se mergulhado numa onda de violência, com confrontos entre grupos armados, que controlam uma grande parte do território nacional, e forças policiais.

No contexto desta nova vaga de violência no país caribenho, em Fevereiro, o então primeiro-ministro, Ariel Henry, recusou-se a convocar novas eleições, não cumprindo aquilo que tinha prometido quando assumiu o cargo, depois do assassinato do ex-presidente Jovenel Moïse.

Durante os confrontos, os grupos armados atacaram instituições públicas e libertaram milhares de reclusos, exigindo que Henry renunciasse ao cargo, o que se veio a concretizar no passado dia 11 de Março. Antes, Henry decretou o Estado de Emergência por um mês.

Entretanto, o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) denunciou que uma parte da ajuda humanitária enviada para o país foi saqueada este sábado na capital, Porto Príncipe.

«Hoje de manhã cedo, um dos 17 contentores da Unicef foi saqueado no principal porto de Porto Príncipe. O contentor saqueado trazia bens essenciais para a sobrevivência materna, pré-natal e infantil, incluindo reanimadores e equipamento relacionado, bem como material essencial para o desenvolvimento da primeira infância e a educação», revelou a organização.

Segundo referem várias agências, as forças de segurança têm estado a tentar recuperar o controlo da zona portuária de Porto Príncipe, que deixou de funcionar devido a «actos de sabotagem e vandalismo».

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