Ri-te, Rita
Com noventa feridos
Caídos no chão
É uma vergonha
Andar uma pessoa
Pedindo dinheiro
Nas Secretarias
Para que lhe valham
De alegrias várias
Noutro continente
Lá, onde a flor
E mais pura e linda
Que o Sol!
Lá onde o azul
Brinca na areia...
Lá, onde as pessoas,
Conversam nas ruas
Sem nenhum cuidado
Onde as testemunhas
São de raiva, aqui
Não lá, onde esperam
Encontros, nas ruínas,
Os mortais, que, juntos,
Se encaminham, já!
Para a cova — distante —
Onde cães e polícias
— Uns e outros —
Permanecerão juntos
— Não vivos, mas mortos! —
Raul Carvalho
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