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«Não há Festa como esta»

Decorridos 40 anos desde a primeira edição, na FIL, a Festa do Avante! mantém-se como acontecimento único no País.

Tal como em 2015, a Orquestra Sinfonietta de Lisboa estreia o Palco 25 de Abril a partir das 21h30
Tal como em 2015, a Orquestra Sinfonietta de Lisboa estreia o Palco 25 de Abril a partir das 21h30Créditos / Festa do Avante!

Está prestes a começar a Festa do Avante! 2016 mas desengane-se quem pense que esta é só mais uma edição. A par dos 40 anos que se assinalam, a «terra dos sonhos», como a apelidou Jerónimo de Sousa no último fim-de-semana, está maior e mais capaz de acolher a versatilidade de propostas que o programa oferece.

Projectada pela primeira vez em 1976 à luz do que os comunistas franceses faziam acontecer na «Fête de l'Humanité», a primeira edição da Festa do Avante! inovou no plano nacional pela apresentação de espectáculos musicais ao vivo.

Acabado de sair da ditadura com que Salazar amarrou o país durante 41 anos, Portugal não estava habituado a festivais, nem preparado, particularmente em termos técnicos e de equipamento, a um evento cultural daquela dimensão. A reconhecida capacidade de organização dos comunistas deu cartas desde as primeiras edições, onde as tentativas de impedimento de realização da Festa do Avante! mais se fizeram sentir. 

Logo na primeira edição, realizada no espaço da antiga FIL, na Junqueira, depois de uma tempestade que em vésperas da abertura inundou o recinto, faltavam dois dias para a estreia quando uma bomba destruiu a energia eléctrica de toda Festa. O PCP deu mais uma vez provas da sua resiliência e a Festa foi um êxito em termos de participação.

«Desalojada» da FIL, a Festa do Avante! foi instalar-se, primeiro, no Jamor e, em 1980, no Alto da Ajuda, onde ficou até que Krus Abecassis, eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa pelo CDS, ameaçou com a construção da Faculdade de Arquitectura e impediu a realização da Festa do Avante!.

O ano de 1987 acabaria por ser, ao longo dos 40 de história, o único ano sem Festa do Avante!. Do Alto da Ajuda, a Festa passou para Loures e, em 1989, surgiu a notícia da aquisição da Quinta da Atalaia, no Seixal. A sabedoria do povo permite-lhe afirmar que «há males que vêm por bem» e o percurso da Festa do Avante! é disso exemplo.

A emoção que viveram todos os que ergueram e visitaram a Festa pela primeira vez na Atalaia será semelhante à daqueles que durante os últimos meses transformaram a Quinta do Cabo, contígua à da Quinta da Atalaia e nova entrada principal. Acontecimento ímpar no panorama político-partidário português, a Festa do Avante! ergue-se na alegria do trabalho militante inspirado na construção de um mundo novo.

Seguem-se três dias de encontros e reencontros ao som da «Carvalhesa» (o hino da Festa que faz vibrar milhares de jovens), e com um programa pleno de cinema, teatro, arte, exposições, política, ciência, desporto, um espaço criança inclusivo, música, folclore, gastronomia e muito, muito mais.

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