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|militarização da Europa

O impacto ambiental de sectores militares europeus

Um estudo sobre o impacto ambiental dos sectores militares europeus aponta para uma pegada de carbono anual equivalente às emissões de pelo menos 14 milhões de carros.

Comboio militar de tropas dos EUA circula nas estradas da Alta Francónia, no centro da Alemanha, para participar no exercício Defender Europe 2020
Comboio militar de tropas dos EUA circula nas estradas da Alta Francónia, no centro da Alemanha, para participar no exercício "Defender Europe 2020"CréditosPavel Nemecek / picture alliance

Promovido pelo Grupo Confederal da Esquerda no Parlamento Europeu e de autoria conjunta do Observatório de Conflitos e Meio Ambiente e Cientistas pela Responsabilidade Global, o estudo conclui que o chamado Pacto Verde Europeu «completa e propositadamente» ignorou tudo o que tem a ver com o impacto climático da militarização.

A realização deste estudo, que estima o impacto ambiental dos sectores militares europeus, aponta para uma pegada de carbono anual equivalente às emissões de pelo menos 14 milhões de carros e revela ainda grandes lacunas nos relatórios de emissões militares.

A Europa acolhe oito das 30 maiores corporações do mundo em vendas militares. O exército francês é identificado como contribuinte de um terço da pegada de carbono total dos sectores militares da União Europeia (UE) e a indústria de tecnologia militar da Polónia tem as maiores emissões de gases de efeito estufa.

Entretanto, o estudo não aborda o impacto das acções militares na biodiversidade dos países atacados nem as consequências a longo prazo, que tanto as suas populações como os seus ecossistemas têm de suportar.

Outro aspecto não abordado no estudo, tem a ver com as «instalações militares abandonadas». Em Portugal, na antiga base militar dos EUA nas Lages e seis anos depois da saída dos americanos, continua por efectuar a descontaminação do solo e da água. Aliás, esta foi uma das questões levantadas pela eurodeputada Sandra Pereira durante a apresentação deste estudo.

A deputada comunista no Parlamento Europeu quis também saber, por um lado, se «a melhoria do desempenho ambiental das máquinas de guerra é suficiente para realmente reduzir o impacto das operações militares no meio ambiente». Por outro, considerando os investimentos em armas cada vez mais modernas e com efeitos letais massivos, se «não é irónico que a União Europeia faça políticas amigas do ambiente», enquanto investe, cada vez mais, numa «indústria que só destrói».

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