Os estudantes, que estiveram concentrados desde o início da manhã à porta da escola, dirigem-se a esta hora para a Assembleia da República com o objectivo de alertar, uma vez mais, para a falta de condições que enfrentam diariamente, temendo que, um dia, «o telhado lhes caia em cima».
Para perceber melhor a dimensão do problema, o presidente da Associação de Estudantes (AE), Simão Bento, recordou que a Escola Secundária de Camões é uma escola centenária, que «nunca recebeu obras de fundo, e está basicamente original», mas degradada.
Falta aquecimento nas salas, partes do edifício já ruíram, os equipamentos desportivos estão fechados por falta de condições e são necessárias obras nas oficinas de artes e nalguns laboratórios de Biologia, entre outros espaços.
À marcha lenta juntou-se a comunidade educativa do antigo Liceu Camões. Em declarações à comunicação social, esta manhã, o director da escola, João Jaime, sublinhava que esta é uma luta justa, que se arrasta há dez anos pela recuperação do edifício, e que «faz falta sentir que a Escola Pública é valorizada».
Num comunicado da AE lê-se que, a par da «real efectivação das obras na Escola Secundária de Camões, de modo a garantir as condições necessárias para todos os que a frequentam e queiram frequentar no futuro», a marcha tem como objectivo reivindicar o «aumento do financiamento para a Educação, de modo a suprimir outros problemas, como a falta de funcionários», e o aumento do financiamento da Acção Social Escolar.
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