Professores e alunos da Escola de Jazz do Barreiro foram surpreendidos, no início do ano lectivo, com alterações ao funcionamento das aulas, designadamente com o agrupamento de aulas práticas de instrumento, que anteriormente eram individuais.
As alterações incidiram na transformação das aulas individuais, de uma hora e personalizadas, em aulas de grupo onde podem estar alunos com níveis de aprendizagem diferentes e, nalguns casos, com um único instrumento para toda a turma.
O processo de ensino é prejudicado para alunos e professores, acrescendo que estes vêm o seu salário substancialmente reduzido pela redução horária.
A comissão concelhia do PCP do Barreiro considera que as alterações se traduzem por «uma evidente e significativa quebra da qualidade do ensino prestado» e criticam a «inacção e irresponsabilidade dos Executivos PS» na Câmara Municipal e na Junta de Freguesia do Barreiro, que responsabilizam pelo abandono de «cerca de metade dos professores e várias dezenas de alunos» da escola.
Em comunicado, os comunistas apontam aos executivos do PS, que integram a gestão tripartida da Escola de Jazz do Barreiro, o terem ignorado «as justas reclamações dos professores e alunos» e, «em menos de um mandato», terem conseguido «abalar profundamente um projecto erguido ao longo de décadas e que muito prestígio e reconhecimento trouxe ao Barreiro».
Sublinhando que esta situação ocorre «numa fase em que a Cultura está a atravessar uma situação gravíssima», o PCP do Barreiro considera prioritário que Câmara Municipal e Junta de Freguesia assumam as suas responsabilidades e «tomem todas as medidas necessárias para manter o normal funcionamento da Escola de Jazz, garantindo um ensino musical de qualidade e garantindo os direitos dos trabalhadores e alunos».
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