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Hergé Tintin por Tintin: «As diversas facetas do autor»

A Gulbenkian inaugura hoje a exposição que apresenta os vários tesouros do Museu Hergé, «da ilustração à banda desenhada, passando pela publicidade, imprensa ou desenho de moda e artes plásticas».

Exposição sobre Hergé no Grand Palais em Paris, França, 26 de Setembro de 2016
Exposição sobre Hergé no Grand Palais em Paris, França, 26 de Setembro de 2016CréditosChristophe Petit Tesson / EPA

A exposição que incide sobre a vida de George Remi (1907-1983), mais conhecido por Hergé, é uma iniciativa do Museu Hergé de Louvain-la-Neuve, sediado na Bélgica, que a tem vindo a apresentar em vários países, chegando hoje a Lisboa.

Para além de Tintin, a mostra «propõe ao visitante explorar certos aspectos menos conhecidos da sua personalidade, começando pelas suas incursões na pintura, no início dos anos 1960, e pelo fascínio que, naquela época, tinha pela arte do seu tempo, a mais moderna», pode ler-se no comunicado divulgado pela Fundação Gulbenkian.

Dividida em nove núcleos, a exposição examina várias facetas de Hergé: a sua predilecção pela banda desenhada, meio artístico pouco reconhecido na altura, as suas vivências na Segunda Guerra Mundial, o seu trabalho como publicista e o seu fascínio pelo Oriente. O mundo de Tintin relaciona-se com cada uma destas vertentes.

Contra a hegemonia de Tintin, Milu e Capitão Haddock, são igualmente referenciadas outras personagens, menos conhecidas do público de hoje, nas quais Hergé trabalhou por largos anos. Quim e Filipe, que «vivenciam peripécias e situações inspiradas em parte na própria infância» do autor, e Joana, João e o Macaco Simão.

A complementar este programa, estão incluídos vários ciclos de discussão sobre Hergé, visitas guidas, sessões de pintura para toda a família e duas actuações de Catarina Molder, sob o signo de Castafiore, a cantora lírica cuja voz tantas vezes atormentou o Capitão Haddock.

Tem hoje lugar uma conversa sobre «O Futuro de Tintin», com a participação do jornalista Frederico Duarte Carvalho e do curador Nick Rodwell, director dos Studios Hergé, que desde os anos 50 ajudam na produção do Tintin, às 19h.

Com a curadoria de Ana Vasconcelos e Nick Rodwell, responsável pelo património do autor, a exposição pode ser visitada na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, até dia 10 de Janeiro, dia em que, em 1929, Tintin fez a sua primeira aparição. A entrada tem o valor de cinco euros com uma duração máxima de visita de 60 minutos.

Colaboracionismo nazi

Hergé colaborou com a ocupação nazi da Bélgica, trabalhando praticamente todo o período da Segunda Guerra Mundial no Le Soir, com uma linha editorial, à época, fascista e anti-semita. Julgado no pós-guerra, foi considerado inofensivo, muito embora o seu trabalho como desenhador tenha ajudado à circulação da propaganda Nazi, tendo apoiado, com apoios financeiros ou trabalho, vários outros colaboradores ao longo da sua vida, mantendo-se altamente crítico dos julgamentos feitos aos Belgas que contribuíram com a ocupação nazi.

«Quando estava na moda ser-se nazi, ele [Hergé] era um nazi. Quando estava na moda ser um colonialista racista, era isso que ele era», considera Laurence Grove, presidente da International Bande Dessinée Society (Sociedade Internacional de Banda Desenhada).

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