«A digitalização e a globalização do mercado representam desafios significativos e difíceis de acompanhar. Neste sentido e, como para a Fnac estas livrarias fazem parte do património cultural, decidimos investir na Livraria Barata, assumindo a sua gestão», informa a multinacional francesa, em comunicado enviado à comunicação social e divulgado pela TimeOut.
Apesar de a empresa garantir a intenção de preservar o ADN do espaço, fundado em 1957 por António Barata, a verdade é que, para além de alterar definitivamente o nome histórico da livraria (de Livraria Barata a Fnac Avenida de Roma), a loja vai vender todos os produtos caracterísitos da cadeia, «implementando as ferramentas informáticas e a proposta de canais digitais que disponibilizamos em todas as Fnac».
Para além do Fórum Fnac, que já estava instalado no piso, e de um espaço dedicado aos livros (como existem em todas as Fnac), será agora disponibilizada «uma maior variedade de artigos», de jogos de tabuleiro a produtos tecnológicos.
Os 16 trabalhadores deverão, segundo a empresa, manter os seus postos de trabalho.
Parece ser o ponto final na longa vida desta «Loja com História» (ao Público, Carla Salsinha, membro do conselho consultivo do programa Lojas com História, confirmou que a manutenção desta classificação será discutida em breve).
A Barata junta-se a outros importantes espaços culturais do centro de Lisboa descaracterizados, ou encerrados, desde o início do milénio: como é o caso do Cinema Londres, Cinema King e Cinema Quarteto, a Livraria Pó dos Livros e a Livraria da Assírio e Alvim e o Teatro Maria Matos (que após um período de encerramento reabriu sob gestão privada).
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