|Serviço Nacional de Saúde

Cinquenta médicos da ULS Alto Minho recusam-se a fazer mais do que 150 horas extra

Antecipando a greve nacional convocada pela FNAM (1 e 2 de Agosto), 50 médicos da Unidade Local Saúde Alto Minho anunciaram a sua recusa em fazer mais do que as 150 horas extraordinárias obrigatórias.

Médicos e utentes concentraram-se hoje à porta do Ministério da Saúde, em Lisboa
CréditosANTÓNIO PEDRO SANTOS / LUSA

«Cada vez mais os médicos entregam as declarações de indisponibilidade para realizar trabalho suplementar além das 150 horas obrigatórias por ano, não obstante esta forma de protesto acarretar uma perda substancial de vencimento, o que revela, no terreno, a urgente contratação de mais médicos», refere uma nota da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) enviada ao AbrilAbril.

Neste caso, foram 50 profissionais da Unidade Local Saúde Alto Minho, que inclui o Hospital Conde de Bertiandos – Ponte de Lima e o Hospital Santa Luzia de Viana do Castelo, para além de 13 centros de saúde na região, a apresentar minutas em que rejeitam cumprir mais do que as 150 horas extraordinárias a que a Lei portuguesa obriga.

25 são médicos de cirurgia e outros 25 de medicina interna. «Este protesto não é apenas para reforçar a luta dos médicos por melhores condições de trabalho, é acima de tudo, uma salvaguarda para os doentes, de forma que ao seu serviço estejam profissionais plenos das suas capacidades e que não estejam a lutar contra a sua própria exaustão».

A greve nacional de médicos, convocada pela FNAM para 1 e 2 de Agosto afigura-se, na senda da acção de luta no início do mês de Julho (mais de 95% dos médicos do SNS aderiram à greve, também ela convocada pela Federação Nacional dos Médicos), outro importante momento de luta «pela urgente contratação de mais médicos, com uma grelha salarial justa e condições de trabalho dignas».

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