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|habitação

Metro quadrado cada vez mais caro, especulação cada vez mais clara

Segundo dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística, o valor mediano de avaliação bancária na habitação em Maio aumentou 9,4% quando comparado com o período homólogo. 

Não é novidade que o capital financeiro fomenta bolha especulativa. Desta vez quem o confirma é o Instituto Nacional de Estatística que indica que o valor mediano de avaliação bancária na habitação foi de 1.510 euros por metro quadrado. 

O mês de Maio indica então que o valor mediano da avaliação bancária de apartamentos foi de 1689 euros/m2, mais 10,5% face ao mesmo período de 2022. Os valores mais altos a são registados no Algarve com uma avaliação de 2.141 euros/m2 e na Área Metropolitana de Lisboa com um valor de 2.010 euros/m2. Por sua vez, os valores mais baixos situam-se no Alentejo com 1108 euros/m2 e a maior valorização registou-se na Região Autónoma da Madeira apresentando um crescimento homólogo de 20,9%. 

Relativamente à tipologia de casas, segundo o INE «o valor mediano da avaliação para apartamentos T2 subiu 26 euros, para 1705 euros/m2, tendo os T3 subido cinco euros, para 1.494 euros/m2». Este tipo de habitações representa 79,3% das avaliações de apartamentos.

No caso das moradias o valor mediano da avaliação bancária foi de 1153 euros/m2 no mês em análise, mais 4,4% que no mês homólogo. Mais uma vez no Algarve registam-se os valores mais elevados com 2.119 euros/m2, juntamente com a Área Metropolitana de Lisboa com 1.987 euros/m2.

Para o INE chegar a estas conclusões foram consideradas 23.335 habitações (15.120 apartamentos e 8.215 moradias), menos 29,6% que no mesmo período de 2022. Estes dados, ao indicarem que há um aumento no preço do metro quadrado, demonstram também uma necessidade de um valor maior de crédito à habitação caso alguém queira comprar casa, algo que aumenta a bolha. 

Tudo isto coincide com o facto do FMI na passada semana ter alertado para as vulnerabilidades no setor imobiliário residencial em Portugal. Segundo o fundo, «os bancos e as autoridades de supervisão devem continuar a manter a vigilância sobre a qualidade do crédito, o risco de mercado e de taxa de juro e a gestão da liquidez» e que «para fazer face à acumulação de vulnerabilidades no setor imobiliário residencial, as autoridades poderão introduzir gradualmente uma reserva de capital de risco sistémico setorial».

Recorde-se que a crise financeira global de 2007-2012, a recessão global de 2008-2012 e a crise da dívida pública europeia tiveram como ponto de partida a bolha especulativa imobiliária, algo que obrigou ao resgate de bancos com dinheiro público para além de ter sido tomada a opção política de fustigar as pessoas dificultando-lhes o acesso ao crédito, ao invés de aumentar instrumentos de regulação bancária. 
 

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