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Custos com habitação aumentam mais 32% do que salários

Portugal foi o segundo país em que se registou, entre 2013 e 2018, a maior diferença entre a subida dos preços das casas e os dos rendimentos do trabalho.

Lisboa é a cidade onde os preços da habitação são mais elevados
Créditos / Pixabay

Num estudo elaborado pelo economista Eric Dor, da Escola de Negócios IÉSEG da Universidade Católica de Lille, em França, divulgado esta terça-feira pelo JN, concluiu-se que o ritmo médio de aumento acumulado dos valores da habitação no País, entre 2013 e 2018, foi de 32%.

Esta subida ultrapassa os aumentos verificados nos rendimentos de uma família média composta por dois adultos (com o salário médio) e dois filhos a cargo.

«Para avaliar se a aquisição de uma habitação se tornou demasiado onerosa num determinado país, tendo em conta o orçamento dos agregados familiares, convém comparar o aumento dos preços face ao dos rendimentos», lê-se no documento.

Portugal só é ultrapassado pela Irlanda, país onde a diferença entre os aumentos dos preços da habitação e a taxa de crescimento dos rendimentos líquidos de uma família «típica» ultrapassa os 60%.

Aumentos dos preços da habitação

No mesmo período (de 2013 a 2018), em Portugal, a taxa acumulada de crescimento anual do preço das casas foi de 38,6%, o que se traduz num aumento anual médio de 6,72%. Face o que se verifica em outros países da Europa, Portugal só é ultrapassado pela Irlanda, Hungria, Estónia e Suécia, que registam aumentos anuais entre os 7% e os 11%. No pólo inverso, surge a Itália com uma descida anual dos preços das casas em torno dos 2%.

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