Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|Câmara Municipal de Lisboa

Lisboa: petição reivindica «liberdade» para o Carnaval de rua

«Os blocos de carnaval de rua de Lisboa têm sido obrigados a pagar valores altíssimos para serem autorizados pela Câmara Municipal de Lisboa», obrigando mesmo, em alguns casos, ao cancelamento das actividades.

Desfile da Colombina Clandestina, um coletivo artivista independente, baseado em Lisboa, que actua na criação do Carnaval contemporâneo e sua expressão popular e libertária.
Desfile da Colombina Clandestina, um coletivo artivista independente, baseado em Lisboa, que actua "na criação do Carnaval contemporâneo e sua expressão popular e libertária".Créditos / Colombina Clandestina

As Jornadas Mundiais da Juventude demonstraram, ao longo da última semana, que é possível (a autarquias, ainda por cima, com a dimensão de Lisboa) as instituições locais renunciarem ao retorno financeiro em nome da realização de importantes eventos culturais e sociais nas cidades, bairros e aldeias. 

A Câmara Municipal de Lisboa (CML), desde 2020, optou por outra prática (com a excepção óbvia do evento promovido pela Igreja Católica, que contou com as dispensas financeiras necessárias por parte do executivo PSD/CDS liderado por Carlos Moedas): exigindo o licenciamento das acções do Carnaval de rua.

A legislação de eventos (Decreto Regulamentar nº 2-A/2005) «obriga ao pagamento dos altos custos de policiamento, seguro contra danos ao patrimônio», entro outros, refere o texto da petição online que está a ser promovida por várias organizações que querem «desburocratizar» o Carnaval de rua de Lisboa. «Os Carnavais de rua nascem das classes mais baixas do povo e se tornam numa forma histórica de reivindicar o seu direito à cidade, à voz, à cultura e à própria existência».

«Esta mudança de interpretação da CML, além de ser equivocada, veio sem nenhum tipo de justificativa para o indeferimento dos pedidos de manifestação. Como exposto, o carnaval de rua é uma mobilização simultaneamente política e cultural», defendem.

«Os grupos que se apresentam durante o Carnaval em Lisboa não possuem qualquer carácter comercial nem fins lucrativos. São movimentos associativos totalmente autónomos e independentes, em muitos casos marcados pela espontaneidade da apropriação do espaço público. A monetarização e burocratização desta manifestação constitui-se, para os subscritores do abaixo-assinado, como um cerceamento da liberdade de manifestação e reunião desta comunidade».

Até ao dia 6 de Agosto, 865 pessoas tinham já subscrito a petição Carnaval é o acto político - Liberdade para o Carnaval de rua de Lisboa. Entre as subscritoras iniciais conta-se o Baque do Tejo, Baque Mulher Lisboa, Colombina Clandestina, Blocu, Bué Tolo, Palhinha Maluca, Pandeiro Lx e Viemos do Egyto.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui