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|diálogo

Venezuela e Guiana continuam a dialogar sobre a disputa do Essequibo

A decisão foi anunciada numa declaração conjunta divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Brasil, após um encontro mantido por delegações da Venezuela e da Guiana no Palácio Itamaraty.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Guiana, Hugh Todd (esq.), do Brasil, Mauro Vieira (cen.), e da Venezuela, Yván Gil (dir.), no Palácio Itamaraty 
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Guiana, Hugh Todd (esq.), do Brasil, Mauro Vieira (cen.), e da Venezuela, Yván Gil (dir.), no Palácio Itamaraty Créditos / @ItamaratyGovBr

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Yván Gil, e da Guiana, Hugh Todd, decidiram ontem dar seguimento a uma nova agenda de diálogo sobre a disputa do Essequibo – um território que, com cerca de 160 mil quilómetros quadrados, representa 70% do território guianês e que a Venezuela reclama como seu.

Ambas as partes, refere o documento, «expressaram seu entendimento acerca do compromisso assumido na "Declaração de Argyle para o Diálogo e a Paz"».

No âmbito da chamada Comissão Mista de Chanceleres e Técnicos da Venezuela e da Guiana, as duas partes apresentaram as suas propostas de agenda para o trabalho, tendo-se comprometido a manter o diálogo, depois de «reconhecidas as diferenças de lado a lado».

Esta decisão foi anunciada no final do encontro entres os diplomatas dos dois países caribenhos, celebrada no Palácio Itamaraty, sede do Ministério brasileiro dos Negócios Estrangeiros, em Brasília, numa declaração conjunta à imprensa divulgada por Mauro Vieira, líder da diplomacia brasileira.

Encontro, em Brasília, entre Guiana e Venezeula sobre a controvérsia do Essequibo, a 25 de Janeiro de 2024 / @yvangil

«Reafirmo que nossa região tem a vontade política e todos os instrumentos necessários para avançar em seu projeto comum de desenvolvimento social justo, em um ambiente pacífico e solidário», afirma Vieira no texto.

Além disso, a declaração destaca que, tendo em conta «as guerras que conflagram diferentes partes do mundo, aprendemos a valorizar ainda mais a nossa cultura latino-americana e caribenha de solução pacífica de controvérsias, base da comunidade de interesses que nos une, em um ambiente livre de tensões geopolíticas de origem extrarregional».

Neste sentido, deixa patente o desejo de que Venezuela e Guiana «continuem a construir a confiança necessária para pensarem num horizonte comum, em que os laços que correspondem a bons vizinhos venham a contribuir para o bem-estar de ambos os povos».

O ministro brasileiro agradeceu ainda a presença no encontro de representantes de São Vicente e Granadinas, em representação da CELAC, e da ONU, tendo acrescentando que a próxima reunião pode voltar a ter Brasília como sede.

Evitar a intervenção de potências estrangeiras

Na sua conta de Twitter (X), o ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, Yván Gil, escreveu que a delegação por ele liderada «reiterou a posição histórica da Venezuela, a mensagem de paz do presidente Nicolás Maduro, bem como a nossa firme decisão de respeitar o Acordo de Genebra e o direito internacional».

Gil disse ainda ter enfatizado a importância «de evitar a intervenção de potências estrangeiras na controvérsia e a necessidade de examinar a posição e acções da Guiana relativamente à área marítima não delimitada, para garantir o respeito pelas condições acordadas há décadas entre os nossos países».

Com o encontro desta quinta-feira, ambos os países continuam a dialogar directamente sobre o território em disputa, dando sequência à Declaração de Argyle, subscrita a 14 de Dezembro último entre as partes, em São Vicente e Granadinas.

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