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|Venezuela

Trump tenta repetir Líbia ou Iraque, mas faz «leitura errada da realidade»

Na apreciação que fez às ameaças do presidente norte-americano contra a Venezuela, o ministro venezuelano da Comunicação e Informação, Ernesto Villegas, sublinhou que se tenta repetir o tipo de intervenção aplicado na Líbia ou no Iraque, partindo de uma «leitura errada da realidade».

Mobilização de apoio à Assembleia Nacional Constituinte. Caracas, 7 de Agosto de 2017
Mobilização de apoio à Assembleia Nacional Constituinte. Caracas, 7 de Agosto de 2017Créditos / Alba Ciudad

O membro do governo bolivariano considerou graves as afirmações ontem proferidas por Donald Trump em New Jersey, de acordo com as quais não põe de parte a possibilidade de uma intervenção militar no país sul-americano.

Em todo o caso, Villegas considerou que elas se baseiam numa «leitura errada da realidade»: «Jamais poderiam entrar aqui sem que isso tivesse tremendas consequências, extraordinárias e inauditas na história do continente (americano)», disse Villegas, citado pela Alba Ciudad.

Para o ministro, as declarações de Trump são «uma má notícia para o mundo», pelo que representam de «iniciativa aloucada». Salientou, no entanto, que a Venezuela vive «um momento de unidade e coesão», e instou todos os venezuelanos a mobilizar-se para repudiar qualquer tentativa de intervenção militar da principal potência mundial.

Por seu lado, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, classificou como «um acto de loucura e de supremo extremismo» as ameaças de acção militar contra Venezuela por parte da administração norte-americana.

Já depois de publicada esta notícia, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Jorge Arreaza, leu um comunicado em nome do governo da República Bolivariana da Venezuela e do presidente Nicolás Maduro, em que repudia «a insólita agressão e ameaça de uso da força» por parte do chefe de Estado norte-americano.

Evo Morales: «quem estava contra Maduro procurava a intervenção militar»

O chefe de Estado boliviano, Evo Morales, voltou a defender a soberania da Venezuela, na sequência das ameaças de Trump. Recorrendo à sua conta de Twitter, o presidente da Bolívia sublinhou a forma descarada como o presidente dos Estados Unidos revelou «o seu plano de intervenção militar», ficando «o mundo a saber que quem estava contra Maduro apenas procurava a intervenção militar do império».

Morales, que condenou o «afã intervencionista armado dos EUA contra a Venezuela», criticou o «silêncio cúmplice da direita local e internacional», sem se esquecer do «latino-americano mais submisso ao império», Luis Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), que «está mais que satisfeito», disse, citado pela TeleSur.

Ameaças no resort

As ameaças de Donald Trump foram feitas, esta sexta-feira, à margem de um encontro que manteve com o secretário de Estado, Rex Tillerson, e a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley, num complexo de golfe no estado de New Jersey, onde goza férias.

«Temos muitas opções para a Venezuela. Seguramente, não vou descartar uma opção militar. Temos muitas opções para a Venezuela. É um país vizinho. Em todo o mundo há problemas, em sítios distantes; nós temos tropas em locais distantes. A Venezuela não é distante e as pessoas estão a sofrer, estão a morrer. Temos muitas possibilidades para a Venezuela, incluindo, possivelmente, uma opção militar, se necessário», disse à imprensa, citado pela Alba Ciudad.

Contudo, um porta-voz do Pentágono afirmou não ter recebido qualquer ordem da Casa Branca relativa à Venezuela.

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