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Surto de cólera no Iémen matou 115 pessoas

Entre 27 de Abril e 13 de Maio, o segundo surto de cólera a afectar o país árabe em menos de um ano provocou 115 mortes, disse, ontem, Dominik Stillhart, da Cruz Vermelha. Na capital do país, Saná, foi declarado o estado de emergência.

Residentes de Saná, capital do Iémen, procuram sobreviventes nos escombros dos edifícios, após um bombardeamento saudita (imagem de arquivo)
Residentes de Saná, capital do Iémen, procuram sobreviventes nos escombros dos edifícios, após um bombardeamento saudita (imagem de arquivo)Créditos / althawranews.net

O Iémen enfrenta «um grave surto de cólera», com mais de 8500 casos registados em 14 províncias, desde 27 de Abril, afirmou, este domingo, o director de operações do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Dominik Stillhart, referindo-se a dados compilados pelo Ministério iemenita da Saúde, que declarou o estado de emergência na capital do país.

Na conferência de imprensa, que decorreu em Saná, Stillhart sublinhou a situação de ruptura que se vive nos hospitais, havendo casos de camas com «quatro pacientes com sintomas de cólera» e de «doentes nos jardins», acrescentou.

Também Hussein El Haddad, director do Hospital Sabeen, em Saná, se pronunciou neste sentido, afirmando que «a situação é muito má», que «há inúmeras crianças a sofrer de cólera», que «o número de camas não é suficiente» e que «não existe competência técnica suficiente para lidar» com a actual situação, revela a PressTV.

Destruição, crise humanitária e fome

Em mais de dois anos de guerra de agressão, os ataques da Arábia Saudita e dos países seus aliados têm conduzido à destruição de muitas das infra-estruturas – casas, escolas, hospitais, fábricas, explorações agrícolas – daquele que é considerado o país mais pobre do mundo árabe.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), são poucas as infra-estruturas sanitárias que ainda funcionam no Iémen, onde dois terços da população não têm acesso a água potável. Destacando a grave crise humanitária que se vive no país, que classifica como situação de «emergência», a ONU sublinha que 3,3 milhões de iemenitas – dos quais 2,1 milhões são crianças – são afectados por subnutrição e 500 mil por má-nutrição severa.

Ainda de acordo com os alertas emitidos pelas Nações Unidas, 7 milhões de pessoas passam fome no Iémen e 17 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar.

Tendo como objectivo declarado recolocar no poder Abd Rabbuh Mansur Hadi, um aliado próximo de Riade que se demitira da presidência, e esmagar a resistência do movimento Ansarullah, em Março de 2015 a Arábia Saudita lançou uma poderosa ofensiva contra o seu vizinho do Sul, com ataques aéreos em vários pontos do país, que já provocaram mais de 12 mil mortos entre a população civil, de acordo com as mais recentes estimativas.

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