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Solidários com a luta do povo palestiniano, sírios denunciam a brutalidade de Israel

Milhares de sírios manifestaram-se em solidariedade com o povo palestiniano e contra a brutalidade da máquina de guerra israelita em Gaza, onde mais de 22 mil unidades habitacionais foram destruídas.

Destruição provoacda pelos bombardeamentos israelitas em Gaza 
Destruição provoacda pelos bombardeamentos israelitas em Gaza Créditos / Al Mayadeen

Em Damasco, os manifestantes concentraram-se esta terça-feira na Praça Arnous, no centro da cidade, ergueram bandeiras palestinianas e sírias, e exibiram faixas com frases que deixam claro o total apoio do povo sírio aos palestinianos, à sua luta de libertação nacional e pela recuperação dos territórios ocupados.

Os manifestantes criticaram a impunidade que os Estados Unidos conferem a Israel e a incapacidade das Nações Unidas para travar a crueldade exercida por Telavive contra o povo palestiniano, refere Fady Marouf, correspondente da Prensa Latina no país levantino.

Na mobilização damascena, esta terça-feira, os manifestantes afirmaram que a propalada «invencibilidade do Exército israelita foi para sempre arrasada», na sequência da operação «Dilúvio de al-Aqsa», lançada por várias facções da resistência palestiniana em Gaza, onde o movimento Hamas é predominante.

Milhares de sírios mobilizaram-se, no centro de Damasco, em apoio ao povo palestiniano / PL

Neste mesmo contexto, enquanto edifícios emblemáticos em Nova Iorque, Berlim ou Bruxelas exibiram a bandeira israelita projectada, a Ópera de Damasco fez brilhar as cores da bandeira palestiniana, como expressão de solidariedade e unidade na luta contra um inimigo comum.

A nível oficial, Parlamento, Ministério dos Negócios Estrangeiros e o partido Baath, no poder, emitiram comunicados em que reafirmaram a histórico posicionamento de apoio da parte de Damasco aos seus irmãos palestinianos, até que estes recuperem os direitos que lhes assistem, garantidos pelo Direito Internacional.

Mobilizações de apoio à Palestina pelo mundo fora

Nos últimos dias, milhares de pessoas manifestaram-se em várias cidades do mundo em solidariedade com o povo palestiniano e contra um novo episódio de barbárie israelita na Faixa de Gaza – desta vez, em resposta à operação da resistência nos territórios ocupados em 1948.

Ópera de Damasco iluminada com a bandeira nacional da Palestina / PL

Houve grandes manifestações em cidades norte-americanas como Nova Iorque, Chicago, Mineápolis, Los Angeles, Atlanta, San Francisco ou Nova Jérsia, de condenação à agressão israelita contra o povo palestiniano no enclave costeiro.

Neste contexto, 33 organizações estudantis universitárias dos EUA condenaram a «brutal agressão» sionista contra Gaza e a Cisjordânia, tendo responsabilizado a ocupação pela deterioração da situação, «obrigando os palestinianos a viver numa prisão a céu aberto», refere a agência Wafa.

Também houve grandes mobilizações solidárias com o povo palestiniano no Reino Unido, exigindo um Estado independente para a Palestina e o fim da agressão israelita.

No Estado espanhol, o movimento solidário com a Palestina teve uma enorme expressão em Madrid, bem como em várias cidades catalãs, bascas e galegas, onde se clamou «Liberdade para a Palestina» e «Boicote a Israel».

França, Alemanha, Iémen, Tunísia, Argentina, Brasil, Chile, Bolívia, Líbano, Austrália, Koweit, Marrocos, Turquia e Canadá foram outros países onde ocorreram concentrações e manifestações de apoio à Palestina, exigindo liberdade para o povo palestiniano e o fim da «barbárie sionista». Em Portugal, está convocado um acto público de solidariedade com o povo palestiniano para esta tarde em Lisboa (Martim Moniz, 18h). 

Enorme destruição no «campo da morte certa»

Esta manhã, o Ministério palestiniano da Saúde actualizou os registos da mortandade provocada pelos bombardeamentos indiscriminados na Faixa de Gaza, tendo revelado em comunicado que, desde sábado, 974 pessoas foram mortas em resultado da agressão israelita em curso e mais de 5000 ficaram feridas.

Destas, precisou, 950 foram mortas como consequência dos bombardeamentos no enclave cuja vedação a resistência rompeu no sábado passado.

Destruição em Gaza, resultante da agressão israelita // Hatem Mousa / Wafa

No mesmo período, 24 palestinianos perderam a vida e 150 ficaram feridos na Cisjordânia, como resultado de ataques das forças de ocupação, indica a Wafa.

Mais de 22 mil unidades habitacionais destruídas em quatro dias

Também esta terça-feira, a Wafa revelou, com base em dados de instituições locais, que a aviação israelita destruiu 22 639 unidades habitacionais, de forma total ou parcial, na Faixa de Gaza.

Além disso, foram bombardeadas dez instituições médicas, incluindo sete hospitais, e 12 ambulâncias, enquanto 48 escolas sofreram danos, mais e menos intensos.

A mesma fonte revelou que, segundo dados da ONU, mais de 263 mil pessoas foram obrigadas a sair de suas casas e a procurar refúgio pelos bombardeamentos israelitas, que se seguiram ao início da operação da resistência, que ontem continuava.

Entretanto, o portal The Cradle refere que a passagem fronteiriça de Rafah entre a Faixa de Gaza e o Egipto foi bombardeada duas vezes pela aviação israelita, de modo «a tornar impossível a entrega de qualquer ajuda humanitária» e a colocar em efeito o «cerco total» que o ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant, havia anunciado, quando disse que estavam «a lutar contra animais e a agir em consonância».

A mesma fonte indica que mais de mil israelitas foram mortos e cerca de 130 foram feitos prisioneiros e levados para Gaza na ofensiva palestiniana iniciada no sábado.

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