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|América Latina

Oclae: 57 anos a defender os estudantes e a educação pública na América Latina

A Organização Continental Latino-americana e Caribenha de Estudantes (Oclae) cumpre 57 anos, procurando manter-se como instância mobilizadora das lutas anti-imperialistas do movimento estudantil na região.

Créditos / vtv.gob.ve

A organização foi criada em Havana, a 11 de Agosto de 1966, quando decorria ali o IV Congresso Latino-americano de Estudantes (CLAE), por proposta do líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro.

O seu actual presidente, Miguel Ángel Machado, jovem cubano estudante de Medicina, considera «uma grande responsabilidade» representar «os protagonistas de quase seis décadas de luta por uma educação pública e universal».

Em conversa com a Prensa Latina, Machado considera que «a história da organização mostrou o papel fundamental e determinante dos jovens em importantes processos sociais na região».

Por isso, em defesa desse legado, revelou que o dia de aniversário seria propício à realização de um painel sobre o surgimento da organização – que hoje conta com representantes de 22 países –, bem como sobre as transformações vividas em novos cenários políticos e sobre o contexto educativo que se vive no continente.

Particular análise merece a sua «essência», que se baseia «no anti-imperialismo, na defesa da educação e da solidariedade entre os povos da América Latina e das Caraíbas».

Em seu entender, ainda «há muito que fazer para continuar a levar a voz dos estudantes aos mais altos níveis governamentais e aos mecanismos de integração», bem como para «continuar a apostar na unidade, apesar das diferenças e particularidades das 38 federações estudantis que integram a Oclae».

«Que as lutas nacionais sejam também regionais – essa tem de ser a perspectiva e o desafio fundamental, mantermo-nos como um bloco estudantil unido que também se solidarize com outras causas», acrescentou Machado.

Entre as exigências imediatas da organização, contam-se o acesso à educação e, numa região com altos índices de privatização nesse sector, uma educação pública, inclusiva, contemporânea e integral.

Na actual agenda da Oclae, Machado destacou a defesa da Amazónia e da natureza, e, neste sentido, referiu que a organização está a promover – em conjunto com movimentos estudantis do Brasil – a criação de uma Universidade de Integração Amazónica.

O dirigente estudantil afirmou ainda que a Oclae mantém a denúncia constante do assédio económico e político dos Estados Unidos contra alguns países da região.

«A solidariedade moveu estes 57 anos de história de luta da organização, e a nossa bandeira continuará desfraldada na defesa das causas justas do mundo», sublinhou.

Maduro felicita Oclae pela sua luta anti-imperialista

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, dirigiu-se à organização estudantil latino-americana na sua conta de Twitter, afirmando que «a Oclae cumpre 57 anos de incessante luta anti-imperialista, rejeitando as políticas neoliberais que condenam os povos da Nossa América ao atraso e à exclusão».

Enviou ainda um abraço e o seu apoio «a essa juventude guerreira que não se verga, nos enche de orgulho e nos enche de esperança».

Os membros desta organização estudantil regional, lembra a VTV, têm entre as suas principais lutas a defesa, o desenvolvimento e o reforço da educação pública e gratuita de elevada qualidade.

São igualmente propósitos da Oclae lutar contra as políticas neoliberais, a dívida externa e a crise económica e social que povos do mundo sofrem, bem como defender laços de solidariedade entre os estudantes latino-americanos e caribenhos entre si e com os de outras regiões do mundo.

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