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|Reino Unido

No Reino Unido, exigem-se medidas pelo direito à habitação

Membros de associações que lutam pelo direito à habitação exigiram o controlo do preço das rendas e mais habitação social, de modo a proteger os inquilinos do aumento expectável dos preços.

Créditos / Morning Star

De acordo com os dados divulgados pela Royal Institution of Chartered Surveyors (RICS), 63% dos profissionais que avaliam as propriedades e o seu valor acreditam que as rendas das casas vão aumentar nos próximos três meses, refere a Sky News.

Desde 1999 que não se registava uma percentagem tão elevada de profissionais com esta expectativa de aumento, acrescenta.

Dan Wilson Craw, da organização Generation Rent, que luta pelo direito à habitação e contra os despejos, alertou que muitos inquilinos estão a ser expulsos das suas casas e a ser obrigados a entrar no mercado dos alugueres, para competir por um novo local para viver.

«Ao mesmo tempo, há muitas pessoas que querem mudar-se mas não podem porque as rendas das novas casas aumentaram muito rapidamente», disse ao Morning Star.

Pedindo às autoridades responsáveis mais habitação social para permitir que «mais pessoas escapem ao aluguer privado como uma solução de longo prazo», afirmou que o governo «pode ajudar as pessoas agora, protegendo os inquilinos de aumentos incomportáveis de rendas e garantindo que os apoios à habitação de facto cobrem a renda».

«Precisamos de um controlo sério das rendas e já»

Por seu lado, Nick Ballard, da Acorn – campanha pelo direito à habitação –, sublinhou que o valor das rendas há anos que ultrapassa os aumentos salariais, alertando que a situação «está a piorar».

«Já sabemos que, quando as despesas com a habitação atingem um terço dos rendimentos das pessoas, os níveis de população sem abrigo começam a disparar – e em muitas cidades do país isso já acontece», disse, acrescentando: «Precisamos de um controlo sério das rendas e já.»

«Não podemos permitir que o nosso sistema habitacional encha os bolsos de especuladores à custa de pessoas que precisam de um sítio para viver», frisou.

Já um representante da London Renters Union considerou «injusto» que os inquilinos sejam obrigados a sacrificar metade daquilo que ganham em habitação que é «insegura e, em muitos casos, perigosa».

A associação de inquilinos de Londres destaca o facto de muitas pessoas não serem capazes de planear o futuro por não saberem se terão de mudar de casa devido a um despejo ou a um aumento inacessível da renda, lembrando ainda situações de pobreza e de rua.

Mudança de política para um sistema em que prevalece a habitação pública

Neste sentido, defende que «o governo deve colocar o direito à habitação acima dos lucros dos proprietários, introduzindo controlos que baixem os preços», e que, a longo prazo, deve haver uma mudança de política, direccionada para um sistema em que prevalece a habitação pública.

Também em declarações ao Morning Star, Aditi Jehangir, secretária da organização Living Rent, em Edimburgo (Escócia), sublinhou que o limite imposto aos aumentos das rendas na Escócia foi um grande alívio para muitas famílias, «mas falhou completamente no que respeita a impor um limite entre arrendamentos».

Por isso, disse, Edimburgo e Glasgow tiveram o primeiro e o terceiro maior aumento anual de renda em todo o Reino Unido.

Explicou que «pessoas que mudam de casa, que entram no mercado ou viram um co-locatário sair foram obrigadas a pagar preços de alugueres astronómicos». «Qualquer aumento adicional é inteiramente incomportável», sublinhou.

«Não é de estranhar que metade das pessoas com menos de 40 anos tenha desistido da ideia de ter uma casa própria, quando entre um terço e metade do salário vai para a renda», disse Jehangir, que pediu medidas, como controlo das rendas ou mais habitação social.

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