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|Palestina

Israel está a usar a fome como arma de guerra em Gaza, acusam organizações

O Conselho para as Relações Americano-Islâmicas, nos EUA, e a organização israelita de defesa dos direitos humanos B’Tselem acusam Israel de assumir uma «política declarada» de fome na Faixa de Gaza.

Grupo de crianças palestinianas segura recipientes numa fila para receber comida em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, em Dezembro de 2023 
Grupo de crianças palestinianas segura recipientes numa fila para receber comida em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, em Dezembro de 2023 Créditos / PressTV

Nihad Awad, director executivo nacional do Conselho para as Relações Americano-Islâmicas (CAIR, na sigla em inglês), afirmou esta segunda-feira, em comunicado, que as «imagens chocantes» de mulheres e crianças famintas «vão ficar para sempre como uma mancha na história da Humanidade».

«É inadmissível que a administração de Biden continue a apoiar a política declarada do governo israelita de extrema-direita de matar à fome toda a população de Gaza, uma táctica horrível que é uma clara violação do direito internacional», disse Awad, citado pela PressTV.

Por seu lado, o Centro de Informação Israelita para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados – B’Tselem alertou, num relatório publicado esta segunda-feira, que «Israel está a matar Gaza à fome».

«Todos em Gaza estão a passar fome. Cerca de 2,2 milhões de pessoas sobrevivem diariamente com quase nada, e privam-se regularmente de refeições», lê-se no texto divulgado no portal da organização.

«Esta realidade não é um subproduto da guerra, mas um resultado directo da política declarada de Israel», afirma a B’Tselem, sublinhando que a população do enclave depende inteiramente de abastecimentos vindos de fora, «uma vez que não consegue produzir qualquer alimento por si mesma».

«A maioria dos campos cultivados foi destruída e o acesso a áreas abertas durante a guerra é perigoso, em qualquer caso. Padarias, fábricas e armazéns de comida foram bombardeados ou encerrados devido à falta de abastecimentos, combustível e electricidade; as reservas em residências particulares e lojas há muito que se esgotaram», acrescentou.

O grupo de defesa dos direitos humanos, que acusa Israel de estar «deliberadamente a negar a entrada em Gaza de alimentos suficientes para satisfazer as necessidades da população», afirma que «apenas uma parte da quantidade que entrava [no território cercado] antes da guerra é permitida».

O resultado desta política é «inconcebível»: «imagens de crianças a implorar por comida, de pessoas em longas filas à espera de esmolas e de residentes famintos a atacar camiões com ajuda», descreve a B’Tselem, acrescentando que «o horror aumenta a cada minuto e o perigo da fome é real, mas que Israel persiste na sua política».

Permitir a entrada de comida em Gaza e alterar a situação actual «não é apenas uma obrigação moral» ou «um acto de bondade», mas cumprir um dever ao abrigo do direito internacional humanitário. «Recorrer à fome como método de guerra é proibido», afirma o texto, destacando que se trata de um «crime de guerra».

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