Numa nota divulgada esta segunda-feira, a pasta da Saúde na Faixa de Gaza informou que o número de mortos nos ataques perpetrados pelas forças israelitas desde 7 de Outubro tinha subido para 21 978 e o número de feridos chegara a 57 697.
A mesma fonte refere que 70% das vítimas são crianças e mulheres e que, como consequência dos ataques sionistas durante esse período, cerca de 7000 pessoas estão debaixo dos escombros ou desaparecidas.
As forças de ocupação israelitas mataram 326 trabalhadores da saúde e destruíram 104 ambulâncias, segundo o documento, que se refere igualmente à detenção de 99 trabalhadores do sector em Gaza.
As condições humanitárias de 1,9 milhão de deslocados no território são «catastróficas e avassaladoras», alertou o Ministério da Saúde, sublinhando os riscos a que esta população está exposta (fome, doenças infecciosas e propagação de epidemias).
Também chama a atenção para a situação de 50 mil mulheres grávidas, que sofrem de má-nutrição e complicações de saúde, resultantes da falta de acesso a água potável, comida, higiene e cuidados de saúde nos centros de abrigo.
Número de palestinianos mortos em 2023 é o maior desde 1948
Num comunicado emitido no último dia do ano, o Gabinete Central de Estatísticas da Palestina (PCBS, na sigla em inglês) revelou que o número de palestinianos mortos por Israel em 2023 é o mais elevado desde a Nakba.
Entre o início e o final do ano, 22 404 palestinianos foram mortos pelo Exército ou colonos israelitas, 98% dos quais na Faixa de Gaza, incluindo 9000 crianças e menores e e 6450 mulheres.
A entidade informou ainda, com base nos dados do Ministério palestiniano da Saúde, que 319 palestinianos foram mortos na Cisjordânia ocupada, incluindo 111 menores e quatro mulheres.
No que respeita a detidos nos cárceres israelitas, o PCBS deu conta de 7800 presos palestinianos (dados relativos ao final de Novembro).
Por seu lado, um relatório divulgado pelo Clube dos Prisioneiros revelou que, desde 7 de Outubro, 4910 palestinianos foram presos pelas forças israelitas na Margem Ocidental ocupada.
Gaza continua sob intensos bombardeamentos
Um número indeterminado de civis palestinianos morreu ou ficou ferido nos ataques aéreos e de artilharia israelitas das últimas horas, refere a agência Wafa, que dá conta de bombardeamentos em Khan Younis e Deir al-Balah, bem como nos campos de refugiados de al-Maghazi e Nuseirat.
A mesma fonte revela que quatro jovens palestinianos foram mortos pelas forças isrealitas em Azzun, perto de Qalqilya, no Norte da Cisjordânia ocupada, durante os intensos confrontos que se seguiram à operação das forças de ocupação na localidade.
Os soldados israelitas, que invadiram casas e lojas, também participaram noutras operações na Margem Ocidental, nomeadamente em Nablus e Tulkarem.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui