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Argentina pede a libertação imediata de fotojornalista preso na Bolívia

As autoridades argentinas solicitaram ao ministro boliviano da Justiça a libertação de Facundo Molares, detido pelo governo golpista. Esta terça-feira, milhares exigiram o mesmo nas ruas do país austral.

Milhares de pessoas exigiram, esta terça-feira, a libertação do jornalista Facundo Molares, tendo denunciado a acção dos golpistas bolivianos e a burocracia
Milhares de pessoas exigiram, esta terça-feira, a libertação do jornalista Facundo Molares, tendo denunciado a acção dos golpistas bolivianos e a burocracia Créditos / Resumen Latinoamericano

Felipe Solá, ministro dos Negócios Estrangeiros da Argentina, manteve contacto no fim-de-semana passado com o ministro da Justiça da Bolívia, Iván Lima Magne, para solicitar ao novo governo do país andino-amazónico que liberte o fotojornalista argentino Facundo Molares.

Molares foi preso há mais de um ano, depois de ter viajado para a Bolívia com o propósito de cobrir os acontecimentos relacionados com o golpe de Estado que levariam à renúncia de Evo Morales e à autoproclamação de Jeanine Áñez. De acordo com o Resumen Latinoamericano e o Brasil de Fato, o jornalista argentino, que sofria de uma insuficiência renal, foi preso num hospital, sendo acusado, sem provas, de integrar a guerrilha colombiana das FARC-EP.

Desde então, a família Molares tem feito todos os esforços para o levar de volta para a Argentina. Para amanhã está prevista uma nova audiência para abordar o pedido de fim da prisão preventiva.

O grupo Solidaridad con Facundo Molares dinamizou várias acções em diversas províncias argentinas para exigir a liberdade do jornalista / Brasil de Fato

No diálogo que manteve com o ministro boliviano, Solá afirmou que não há motivos para a prisão de Molares, e acescentou que «há denegação da Justiça». «O outro governo, que a Argentina não reconheceu, tornou-o preso político, aduzindo antecedentes, porém, sem nenhuma prova de acção ilegal na Bolívia», comunicou Solá ao ministro boliviano da Justiça.

Por seu lado, Iván Lima Magne, do Movimento para o Socialismo (MAS), disse que irá solicitar a revisão do caso, em virtude dos «tratos cruéis e degradantes» que Facundo Molares recebeu durante a gestão de Áñez. «Li a acusação da Procuradoria, de 43 páginas, e peço ao procurador-geral que a reveja. Não encontro sequer um elemento ou prova para acusar penalmente este cidadão», anunciou o ministro boliviano da Justiça.

Recentemente, Facundo Molares contraiu Covid-19 na prisão, tendo sido internado novamente na semana passada. Os serviços prisionais mantiveram-no algemado na maca, mas, no comunicado que emitiu, o Ministério dos Negócios Estrangeiros argentino afirmou que essa situação já não se verificava. Uma foto divulgada nos últimos dias mostra Facundo Molares no hospital sem algemas.

Manifestações na Argentina

Esta terça-feira, realizaram-se mobilizações em vários pontos da Argentina para exigir a liberdade de Molares. Em Buenos Aires, milhares de pessoas manifestaram-se entre a Embaixada da Bolívia e o Ministério argentino dos Negócios Estrangeiros, denunciando uma situação que se arrasta e que as próprias autoridades bolivianas, recentemente eleitas, entendem ser uma «aberração jurídica».

Depois de deixarem uma petição na Embaixada do país vizinho, representantes das organizações sociais que promoveram a marcha sublinharam que Facundo é um jornalista, mas também um militante revolucionário e, além disso, comunista. «Essas são, sem dúvida, as razões por que os esbirros da ditadura o prenderam e maltrataram», frisaram, citados pelo Resumen Latinoamericano.

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