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Ver passar os comboios, de novo

Impõe-se ouvir o que as populações e os utentes do ramal da Lousã têm a dizer – se anteriores governos o tivessem feito, os comboios ainda por lá passavam.

Canal onde, até 2010, os comboios do ramal da Lousã circulavam sobre carris. Miranda do Corvo, Novembro de 2014
Canal onde, até 2010, os comboios do ramal da Lousã circulavam sobre carris. Miranda do Corvo, Novembro de 2014CréditosPaulo Novais / Agência LUSA

Hoje, a Assembleia da República discute uma petição e vários projectos de resolução sobre o ramal da Lousã. Uma linha ferroviária que ligava Coimbra a Serpins (Lousã) e que foi levantada do chão em 2010. Desde 1 de Dezembro de 2009, os comboios que durante um século fizeram a ligação entre esses concelhos, passando por Miranda do Corvo, deixaram de circular.

Com a promessa de construção de uma linha de metro ligeiro feita por governos do PS, do PSD e do CDS-PP durante 20 anos, os milhares de utentes e habitantes daquela região viram desaparecer a ligação à cidade de Coimbra. Ficaram mais longe de serviços públicos, do local de trabalho e perderam a ligação à rede ferroviária nacional sem saírem do mesmo sítio.

O prometido Metro do Mondego não viu a luz do dia, apesar do desmantelamento dos carris ter deixado, durante os últimos seis anos, os utentes daquela linha sem alternativa que não seja o transporte rodoviário, com consequências no tempo de viagem e no conforto do milhão de passageiros que, de acordo com a petição hoje em discussão, a utilizava.

Entretanto, foram gastos mais de 8 milhões de euros na contratação dos serviços alternativos de transporte e 100 milhões em obras em expropriações para a construção de uma alternativa desadequada às características da região e que continua sem sair do papel e. Para as populações da Lousã e de Miranda do Corvo, os comboios continuam sem passar.

Apesar de, há um ano, ter sido aprovada uma resolução da Assembleia da República defendendo a reposição do ramal da Lousã, o comboio continua sem chegar até à serra. É um exemplo da forma como a Rede Ferroviária Nacional tem vindo a ser tratada, como está aí para testemunhar, por exemplo, a Linha do Oeste.

Impõe-se ouvir o que as populações e os utentes do ramal da Lousã têm a dizer – se anteriores governos o tivessem feito, os comboios ainda por lá passavam.

É um exemplo a ter em conta no dia em que a Carris é entregue à Câmara Municipal de Lisboa, lembrando as «apreensões» que a Comissão de Utentes manifestou aquando do anúncio da transferência da empresa pública de transporte rodoviário.

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