Segundo o comunicado enviado esta segunda-feira aos trabalhadores, a administração da empresa prevê a suspensão da produção a partir da primeira quinzena de Setembro e por um período, para já, indefinido, devido à falta de componentes.
Em reacção, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (Site Sul/ CGTP-IN), que já pediu reunião urgente com a administração da Volkswagen Autoeuropa, lembra que a empresa dispõe de uma ferramenta (Down Days), «criada para fazer face a este tipo de situações», a qual «deve ser utilizada no imediato» para solucionar esta situação, frisa numa nota à imprensa.
«Entendemos que a Administração dispõe de soluções internas acordadas que permitem fazer face a esta situação de modo a garantir o pagamento dos salários na sua totalidade a todos os trabalhadores e que deve inclusive garantir todos os direitos como o subsídio de refeição e o prémio de assiduidade», refere a estrutura sindical.
Acrescenta que, caso a administração pretenda recorrer a outro tipo de mecanismos previstos na Lei, «a VW Autoeuropa tem todas as condições» para garantir a todos os trabalhadores, inclusivamente aos da empresa de trabalho temporário do Grupo Volkswagen (Autovision), «o emprego, salário e todos os direitos».
O SITE Sul denuncia ainda que, «a pretexto desta e de outras situações», a administração da Volkswagen Autoeuropa «adiou por diversas vezes reuniões marcadas para a discussão da resolução entregue pela Comissão Sindical no seguimento dos plenários de 25 e 26 de Maio, onde se exigem a urgente melhoria das condições de trabalho».
Salienta que a Comissão Sindical já manifestou o seu descontentamento com esta postura da administração e «exigiu mais uma vez nova data para reunir e discutir esta matéria». Caso a situação se mantenha, afirma, «teremos de discutir em conjunto com os trabalhadores medidas a tomar para que sejam apresentadas soluções aos problemas apresentados na resolução e no abaixo-assinado entregue pela melhoria das condições de trabalho».
«Não podemos aceitar que a administração se escude nestas e noutras situações para fugir à discussão daquilo que são matérias do verdadeiro interesse dos trabalhadores», critica o sindicato.
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