A TE Connectivity, multinacional que emprega mais de duas mil pessoas no concelho de Évora, consagrando-a como a maior empregadora privada da região, começou, no segundo semestre de 2023, um processo de deslocalização de parte do negócio. A Metalorigor, empresa com cerca de 20 funcionárias e dedicada exclusivamente a prestar serviços à TE Connectivity, começou imediatamente a procurar soluções para evitar assumir as suas responsabilidades para com as trabalhadoras.
O objectivo, refere a União dos Sindicatos do Distrito de Évora (USDE/CGTP-IN), é «esgotar psicologicamente as trabalhadoras para a empresa não ter encargos com o despedimento». A estratégia empresarial começou por agravar as condições de precariedade: primeiro, anunciando que não haveria mais trabalho, depois, deixando de pagar salários.
«Estas trabalhadoras estão desde Setembro numa situação precária e de instabilidade permanente com o arrastar de dois meses de salários em atraso e sem trabalho». No início de 2024, a Metalorigor começou a obrigar as 20 funcionárias a ficar no refeitório da empresa ao longo de todo o seu horário de trabalho, sem cumprir qualquer tarefa: o que configura assédio laboral.
As trabalhadoras vão realizar amanhã, às 16h40, um plenário com concentração à porta da empresa, com o objectivo de denunciar as práticas ilegais de que são vítimas.
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