João Botelho e o produtor Alexandre Oliveira, da Ar de Filmes, explicaram, no âmbito dos Encontros do Cinema Português, que a intenção é exibir o filme pelo País a partir do Outono, juntamente com uma exposição dedicada a Paula Rego.
Segundo Alexandre Oliveira, a exibição de As Meninas Exemplares será semelhante à que João Botelho fez, há 15 anos, de Filme do Desassossego, mostrando-o no circuito de cineteatros e auditórios, mas será acompanhado de uma exposição da pintora Paula Rego – em datas ainda a anunciar –, contando com apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Casa das Histórias.
Em As Meninas Exemplares, Rita Durão, Victoria Guerra, Rita Blanco, Crista Alfaiate e Margarida Marinho, entre outros, dão corpo a uma adaptação literária de uma obra da literatura infanto-juvenil do século XIX, da escritora russa Sophia Rostopchine, conhecida por Condessa de Ségur.
«Quando uma pessoa fica mais velha volta à infância», disse João Botelho para explicar por que é que decidiu fazer um filme a partir daquele livro que leu em criança, por influência das irmãs.
«A ideia é ser um divertimento e uma homenagem a Paula Rego, uma grande pintora. E é uma homenagem ao cinema de que eu gosto», disse.
Não sendo exclusivo da sua cinematografia, já não é a primeira vez que João Botelho, 76 anos, se inspira ou parte de uma obra literária, e do seu autor, para cinema.
Em 2021 fez Um filme em forma de assim, à volta do escritor Alexandre O'Neill, e anteriormente rodou O ano da morte de Ricardo Reis (2020), a partir de um romance de José Saramago, Os Maias - Cenas da Vida Romântica (2014), a partir da mais conhecida obra de Eça de Queirós, e A Corte do Norte (2008), inspirado num livro hómonimo de Agustina Bessa-Luís.
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