A decisão foi comunicada numa conferência de imprensa, esta segunda-feira, na Junta de Freguesia da Baixa da Banheira. Segundo a comissão promotora, a marcha «Não ao Aeroporto na Base Aérea do Montijo» serve para que as pessoas da região possam manifestar «a sua apreensão e indignação pelo facto de a ANA –Aeroportos de Portugal e o Governo quererem converter a Base Aérea n.º 6 do Montijo num aeroporto comercial».
Uma decisão, entendem, que negligencia a saúde e o bem-estar das pessoas, tal como «o ambiente e a segurança aeronáutica, industrial e pública».
Os organizadores alertam para o facto de já existirem estudos, «parte dos quais mandados fazer pelo Estado português», em que se ponderaram várias localizações.
Destas, sublinham, o Campo de Tiro de Alcochete, na freguesia de Canha, concelho do Montijo, surge como a solução que «menos impacto negativo teria na vida das pessoas e a solução com maiores vantagens para a região e para o País, quer do ponto de vista económico, quer do ponto de vista do emprego».
Acrescentam que a instalação do aeroporto civil na Base Aérea n.º 6 vai «conflituar» com milhares de aves no Estuário do Tejo (Maior Zona Húmida da Europa), mas também com dezenas de equipamentos escolares e com milhares de habitações, «que à data em que foram construídos não tiveram em conta esta nova realidade no que respeita ao ruído e às vibrações que neles se vão produzir».
Numa tomada de posição divulgada em Fevereiro do ano passado, a Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) denunciava que a opção pela Base Aérea n.º 6 do Montijo beneficiava o grupo francês Vinci, que detém a ANA, «desobrigando-o» de investir num novo aeroporto, enquanto os encargos de adaptação das pistas e instalações da Base Aérea são «incomparavelmente menores».
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