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|México

«Viva Villa!» 2023 é ano de Pancho, «o revolucionário do povo»

No México, não faltarão filmes, conferências, exposições, publicações e cursos para evocar um dos líderes da Revolução. O seu nome verdadeiro era Doroteo Arango, nascido em 1878 e assassinado em 1923.

Créditos / Prensa Latina

No âmbito das comemorações do centenário, começou no passado dia 4 o curso «O villismo e o seu legado. Reflexões históricas», organizado pela Secretaria da Cultura do México e que se prolonga até 11 de Agosto – sempre com debates às terças e às sextas-feiras.

Na inauguração do curso, sublinhou-se a necessidade de aproveitar esta actividade académica para descobrir mais sobre Doroteo Arango, que ficou conhecido para a história como Francisco Villa, e, a cem anos da sua morte, reflectir criticamente e aprofundar o conhecimento sobre a sua vida, a sua gesta revolucionária e os homens e as mulheres que nela participaram.

Numa das conferências dadas, o historiador Edgar Sáenz, do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH), centrou-se na figura do general como evocado pelos companheiros do seu exército, tendo por base testemunhos de história oral.

Sáenz disse que Pancho Villa foi um líder, por um lado, enérgico e até temível quando se tratava de punir aqueles que o traíam, e, por outro, corajoso no combate, afável na conversa e bondoso com o povo. «Era aquele que distribuía milho, feijões e os víveres da sua milícia pelas comunidades assoladas pelo fogo revolucionário», disse.

O historiador apresentou testemunhos de veteranos villistas guardados no Arquivo da Palavra do INAH, que em Março último foi incluído pela Unesco no programa Memória do Mundo.

Num arquivo em que é possível encontrar registos orais gravados de homens e mulheres que estiveram ligados a várias correntes revolucionárias mexicanas – como maderistas, zapatistas, carrancistas, obregonistas –, o enfoque das suas pesquisas centrou-se na forma como os villistas viam o seu líder.

O historiador disse que muitos dos homens que integraram as forças de Villa e chegaram a formar a Divisão do Norte reconheciam nele alguém que assumia a legitimidade do maderismo – o primeiro dos movimentos daquilo a que se chama a Revolução Mexicana.

Além disso, frisou, entre os homens do Norte, Villa era alguém com quem se identificavam rapidamente, pois, como muitos deles, tinha vindo do povo e, inclusive, tinha um passado como fora da lei durante o Porfiriato (período da história do México em que o governo esteve de alguma forma sob controlo do militar e político Porfirio Díaz).

Exército de Pancho Villa / Prensa Latina

«Tenía un jalón el hombre que dondequiera, al pueblo que llegara, inmediatamente se presentaban voluntarios», comentou o historiador ao ler uma citação do tenente-coronel Victorio de Anda Ramírez.

Referindo-se ao testemunho de outro dos seus subordinados, Eduardo Ángeles, o historiador sublinhou que os seus soldados reconheciam a coragem que Villa mostrava em cada combate. «Os villistas viam no seu general um homem de personalidade forte, respeitoso com o valor da lealdade e, ao mesmo tempo, enérgico quando se tratava do caso contrário, ou seja: a traição», acrescentou.

«Quando Villa depôs as armas, em 1920, os seus soldados e ex-soldados não perceberam este facto como uma derrota, mas como uma saída honrosa para o homem e o seu movimento», defendeu o historiador.

A programação do curso «El villismo y su legado. Reflexiones históricas», cujas sessões podem ser seguidas pela INAH TV, está acessível no portal do Instituto Nacional de Antropologia e História, envolvendo os centros dos estados mexicanos de Chihuahua, Coahuila, Durango, Sonora e Zacatecas.

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