A mensagem da Síria foi expressa em duas missivas idênticas enviadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros ao Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e ao presidente do Conselho de Segurança do organismo.
O ataque com mísseis levado a cabo esta segunda-feira contra o Aeroporto Internacional de Damasco faz parte de um historial de Israel «repleto de agressões e violações do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas», lê-se no texto das missivas, divulgado pela agência Sana.
O Ministério pede aos destinatários que «condenem estes crimes» e «tomem medidas urgentes para garantir que Israel presta contas» por eles, bem como para impedir a sua repetição.
As cartas esclarecem que a «agressão sionista» ocorre pouco tempo depois de um ataque dos terroristas do Daesh contra trabalhadores da jazida petrolífera de al-Taim, em Deir ez-Zor, «o que evidencia a coordenação e a estreita relação entre ambos».
Nos textos, a diplomacia síria lembra que não é a primeira vez que Israel ataca instalações e infra-estruturas civis, tendo-se referido às acções perpetradas no ano passado que deixaram inoperacionais os aeroportos internacionais de Damasco e Alepo, e ao ataque, levado a cabo a 27 de Dezembro de 2021, que afectou o porto comercial de Latakia, provocando graves danos.
«As autoridades de ocupação israelitas não teriam continuado estes crimes se não tivessem a cobertura de impunidade proporcionada pela administração norte-americana e seus aliados», denuncia o Ministério.
O Aeroporto Internacional de Damasco, localizado cerca de 25 quilómetros a sudeste da capital, ficou inoperacional durante umas horas, ontem, depois de um ataque israelita com mísseis, pelas duas da madrugada, que provocou a morte de dois oficiais da Força Aérea síria.
Num ataque israelita perpetrado a 10 de Junho do ano passado, a partir dos Montes Golã ocupados, o Aeroporto Internacional de Damasco sofreu danos consideráveis, nomeadamente nas pistas de aterragem, sistemas de controlo, salas de recepção e hangares.
A infra-estrutura, essencial para o país árabe, esteve quase inoperacional durante 13 dias, só voltando a funcionar depois de extensas obras de reparação.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui