O repórter de imagem estava, no momento em que o ataque de artilharia israelita o atingiu, a fazer um livestream (reportagem em directo) com os colegas Thaer Al-Sudani e Maher Nazeh, da agência Reuters. Fora do campo de visão, a câmara ainda transmitiu os momentos seguintes à explosão, em que, segundo a Business Insider (a Reuters removeu o vídeo pelo seu conteúdo gráfico) uma mulher grita «o que é que aconteceu!» e «não consigo sentir as minhas pernas».
O trabalho destes jornalistas estava, também, a ser exibido em directo na GloboNews, canal de televisão do Grupo Globo, do Brasil, que registou o momento em que o ataque israelita vitimou estes profissionais (o vídeo divulgado por esta estação corta logo depois do impacto).
Também dois jornalistas da Al Jazeera (Elie Brakhya e Carmen Joukhadar) e dois jornalistas da France-Presse (Christina Assi e Dylan Collins) foram feridos pelo ataque de Israel. Numa outra gravação, divulgada nas redes sociais, é possível ver um homem a tentar ajudar uma jornalista (sinalizada com um colete a dizer «Press») estendida no chão, enquanto um carro arde a pouca distância.
Até ao momento, o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) já identificou 10 jornalistas mortos em bombardeamentos indiscriminados de Israel nos últimos dias (Abdallah ainda não está incluído). Dois jornalistas da BBC denunciaram, na sexta-feira, as agressões e ameaças de que foram alvo por parte da polícia israelita, tendo sido arrastados, com violência, de um carro que estava devidamente identificado como pertencendo à comunicação social.
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