(function(i,s,o,g,r,a,m){i['GoogleAnalyticsObject']=r;i[r]=i[r]||function(){ (i[r].q=i[r].q||[]).push(arguments)},i[r].l=1*new Date();a=s.createElement(o), m=s.getElementsByTagName(o)[0];a.async=1;a.src=g;m.parentNode.insertBefore(a,m) })(window,document,'script','https://www.google-analytics.com/analytics.js','ga'); ga('create', 'UA-77129967-1', 'auto'); ga('require', 'GTM-NLPH4K8'); ga('send', 'pageview');

Siga-nos

|Síria

Centenas de refugiados sírios regressam finalmente a casa

São já largas centenas os refugiados sírios que deixaram o Líbano para regressar às suas casas nos arredores rurais de Damasco que as forças governamentais sírias libertaram em fins de Abril passado.

CréditosRuth Sherlock/NPR / WUWM 89.7

Centenas de refugiados sírios do campo de refugiados de Arsal, no Líbano, estão a regressar às suas casas no distrito de Qualamoun, na região de Damasco, informa a agência SANA.

Os refugiados, sobretudo mulheres e crianças, estão a atravessar a fronteira sírio-libanesa em Zonrani desde o final do mês passado, como resposta à iniciativa do governo sírio para restaurar a vida normal nas áreas libertadas pelas forças governamentais nos últimos meses.

Um terceiro grupo de refugiados atravessou hoje a fronteira, em Zomrani. Os que não dispõem de transporte próprio têm à espera autocarros fretados pelo governo sírio para o transporte até às aldeias e cidades da periferia de Damasco.

Vários refugiados expressaram à SANA «a sua vontade de colaborar na reconstrução das suas terras», devastadas pela prolongada ocupação da al-Queda, sublinhando que «um ser humano fora da sua terra não tem dignidade nem futuro».

Foi em finais de Junho que o primeiro grupo, de mais de 450 refugiados, deixou Arsal com destino à Síria, nomeadamente em direcção às localidades de al-Jibba, Aasal al-Ward, Yabrud, Ras al-Maara e Filita, em Qalamoun ocidental, bem como em direcção a al-Rahiba e Jeroud, em Qalamoun al-Sharqi, nos arredores rurais de Damasco.

«Queira Deus que estejamos seguros!»

Foi com estas palavras que Hala, uma refugiada síria de 35 anos, ao volante da sua carrinha pick-up e rodeada pelos três filhos, se despediu de uma jornalista da NPR, que a descreve «abraçando o seu bebé de 10 meses, sentada no banco da frente da carrinha carregada com os poucos haveres da família (colchões, cobertores, uma pequena mala)», antes de iniciar a viagem de regresso à sua terra natal. A jornalista assistiu à partida «dos 472 sírios que se registaram para atravessar a fronteira» em 28 de Junho passado.

A repórter refere que «cerca de 3000 pessoas» responderam a um apelo recente para que os refugiados de Arsal regressem a casa em condições de segurança. O apelo foi divulgado pelos «poderosos» serviços de informação libaneses – assim refere a repórter – os quais garantem, através de ligação aos seus homólogos sírios, que os refugiados não estão a ser procurados pelas autoridades sírias por crimes nesse país.

Mais de um milhão de sírios refugiaram-se no Líbano desde o início da agressão à Síria, colocando em tensão as infraestruturas do país o qual, recorde-se, não terá mais de quatro milhões de naturais libaneses e, além dos refugiados sírios, conta com meio milhão de refugiados palestinianos.

A jornalista da NPR, insuspeita de qualquer simpatia pelo governo sírio, reconhece que as organizações humanitárias das Nações Unidas não têm tido qualquer iniciativa no regresso dos refugiados ao seu país e uma vida normal. «Não estamos a encorajar – nem a organizar – o regresso dos refugiados sírios dos seus países de asilo, incluindo o Líbano» – foram as declarações recolhidas de Rula Amin, porta-voz do Alto Comissário da ONU para os Refugiados no Médio Oriente e Norte de África - «mas respeitamos as escolhas daqueles que decidiram regressar».

Os resultados pacíficos das vitórias militares

Começam a estar à vista os resultados da libertação, pelo exército sírio, da zona estratégica de Ghouta Oriental e de Qualamoun, bem como dos diversos acordos de cessar-fogo e amnistia mediados pelos militares russos entre grupos rebeldes e o governo. Centenas de localidades retomam uma vida pacífica e o objectivo principal do governo e das populações é a reconstrução das regiões devastadas pela guerra e a retoma do convívio pacífico nas comunidades.

Ontem o AbrilAbril noticiava a chegada das tropas sírias à fronteira da Jordânia, numa imparável ofensiva na província de Daraa, no sul do país. Hoje o jornal Haaretz (Israel) informa que oficiais do autodenominado Exército Livre da Síria «enviaram mensagens às forças governamentais» dizendo que «baixariam as armas se fossem autorizados a permanecer nas suas aldeias e casas».

A Press TV (Irão) reporta a mesma notícia mas esclarece que os combatentes abrangidos pelo cessar-fogo pertencem ao grupo terrorista Frente Al-Nusra – que tinha na província de Daraa um dos seus bastiões – e que lhes foi permitido viver em condições pacíficas nas suas casas, após o desarmamento, ou, a quererem manter as armas, seriam autorizados a juntar-se às restantes forças do grupo, cujo centro de comando se encontra em Idlib, no norte da Síria.

O presidente sírio Bashar al-Assad avisou os países ocidentais que estimularam a guerra na Síria, e que agora aparecem a candidatar as suas empresas aos trabalhos de reconstrução, que os países que participaram activamente na destruição das infraestruturas sírias não devem esperar ver as suas empresas participar na reabilitação aquelas.

 

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui