Édipo sobe ao palco nos dias 23, 24 e 25 de Fevereiro, e Electra a 2, 3 e 4 de Março, ambos na sala Quarta Parede, em Madrid.
De acordo com o Chapitô, as duas peças são «uma reinvenção dos mitos gregos em formato de humor e sem complexos», tendo a companhia estreado Édipo, em 2012, e Electra, em 2016, ambos no Chapitô, em Lisboa.
Édipo é uma encenação de John Mowat, com interpretações de Jorge Cruz, Marta Cerqueira e Tiago Viegas.
«O Édipo da Companhia do Chapitô é azarado, é desajeitado, é escorraçado, é assediado, é vilipendiado, é enxovalhado, é aleijado, e mais uma grande quantidade de 'puns!', 'aus!','ais!', 'trunges!' e 'fsssts!'», lê-se na folha de apresentação da peça.
A Companhia do Chapitô 'gestualiza' mais uma tragédia grega apresentando a cómica fuga de Édipo ao seu terrível destino. «O certo é que, de gatas, de pé, de bengala, a rastejar, ao colo ou às cavalitas, Édipo não vai poder escapar», conclui a apresentação da obra.
Já Electra, uma criação colectiva com direcção de Cláudia Nóvoa e José Carlos Garcia, tem interpretações de Jorge Cruz, Nádia Santos e Tiago Viegas.
A peça estreou-se 20 anos após a formação da Companhia do Chapitô, dedicada ao teatro, em 1996.
A XXXV edição do Festival de Otoño a Primavera da Comunidad de Madrid encerra com o Piccolo Teatro di Milano, com a representação de Elvira, baseada em Elvire Jouvet 40, de Brigitte Jaques, numa encenação do actor e encenador italiano Toni Servillo, o mesmo de Gomorra, o protagonista de Il Divo, A Grande Beleza, Viva a Liberdade e Os Políticos Não se Confessam.
Elvira ocupará o Teatro Pávon Kamikaze, nos dias 19, 20 e 21 de Abril.
De acordo Carlos Aladro, director artístico do festival, esta edição é um convite ao público para estabelecer novas relações com o teatro, pois apresenta espectáculos de dez países com propostas dramatúrgicas diferentes, destacando-se companhias de Argentina, Suécia, México, Reino Unido, Bélgica, França, Suíça e Itália, além de Portugal e de Espanha.
«A XXXV edição do Festival de Otoño a Primavera é também uma edição de contrastes», escreveu Carlos Aladro, na apresentação do certame. «A grandes mestres como [o encenador argentino] Mauricio Kartun e a consolidadas companhias como o Chapitô, dão réplica novos colectivos como Los Colochos e criadores revolucionários, na casa dos 30 anos, como o francês Vincent Macaigne», que se apresenta com o Théâtre Vidy-Lausanne, nos dias 22 e 23 de Fevereiro, no Teatro de La Abadía.
Ao mesmo tempo, prossegue Aladro, os palcos do festival acolhem «'totens' de cena» como Toni Servillo e a coreógrafa belga Anne Teresa De Keersmaeker.
Outro destaque de Aladro é a estreia de Senecio Ficciones, de Sara Molina, uma das principais referências do teatro espanhol de vanguarda, como realça o director do festival.
Senecio Ficciones conta com a interpretação da companhia Los hombres melancólicos e fica em cena na sala de La Casa Encendida, de 9 a 11 de Março.
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