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Trabalhadores dos supermercados em luta no mês de Junho

As várias acções de luta a desenvolver em Junho mantêm a exigência da negociação do contrato colectivo de trabalho, face à chantagem patronal, e do encerramento do comércio aos domingos e feriados.

Concentração nacional de trabalhadores de empresas de distribuição em frente à sede da presidente da APED - Pingo Doce/Jerónimo Martins, em Lisboa, 28 de Setembro de 2017
CréditosRodrigo Antunes / Agência LUSA

Os trabalhadores das empresas da grande distribuição (Pingo Doce, Continente/Sonae, Jumbo/Auchan, Lidl, Fnac, Dia/Minipreço, El Corte Inglés, Ikea, C&A, Intermarché e muitas outras) estão em luta durante o mês de Junho.

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), para além da reivindicação do aumento geral dos salários, num mínimo de 40 euros, reclama o fim dos horários de trabalho desregulados e dos ritmos de trabalho extenuantes, que impedem a conciliação com a vida familiar, e o encerramento do comércio aos domingos e feriados.

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) é acusada pelos trabalhadores de estar a bloquear o processo da negociação do contrato colectivo de trabalho (CCT) há quase três anos, exigindo a redução do valor pago pelo trabalho suplementar e a aceitação do banco de horas a troco de aumentos salariais de 11 cêntimos ao dia.

Persistem ainda reivindicações dos trabalhadores como o fim da precariedade, o fim da tabela B, que prevê menos 40 euros de salário em todos os distritos (excepto Lisboa, Porto e Setúbal), e a progressão automática dos operadores de armazém até ao nível de especializado.

Deste calendário de protestos de Junho fez parte a greve nos Pingo Doce do distrito de Braga, a 1 de Junho, que registou uma elevada adesão, e a acção frente à loja do Pingo Doce, na Bela Vista, em Lisboa.

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