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Trabalhadores da Varandas de Sousa denunciam «prepotência»

No último dos cinco dias de greve dos trabalhadores da empresa agroalimentar de Trás-os-Montes, o sindicato denuncia «tiques autoritários», substituição de grevistas e trabalho sem condições de segurança.

A paralisação dos trabalhadores da Varandas de Sousa, em curso desde o passado dia 10, «pôs a nu a prepotência da administração» e «teve forte impacto nos índices de produtividade dos três centros, Vila Flor, Vila Real e Paredes», estando já a ser planeadas novas acções de protesto e denúncia, afirma o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN), num comunicado. 

Chegado o último dia de greve, «ficam evidentes os tiques autoritários e de superioridade moral» por parte da administração da fábrica de cogumelos, lê-se na nota. A estrutura sindical denuncia que a empresa procedeu à «descarada» substituição de trabalhadores em greve «por contratação extraordinária de trabalhadores externos e o recurso ao trabalho suplementar de outros trabalhadores, de vínculo precário e por isso menos seguros, mas não com menor vontade, para execução de tarefas adstritas aos trabalhadores que estavam em luta, à porta da empresa».

Já na semana que antecedeu a greve, critica o SINTAB, «vários trabalhadores» com vínculo precário foram «chamados, individualmente, pelas suas chefias, para ouvirem palestras a que estes chamaram, de "conselhos" sobre a greve». Nesses «conselhos», acrescenta, «vinha, invariavelmente, a sugestão de que a adesão à greve poderia implicar a perda de emprego por estarem numa situação contratual menos segura». Pressões ilegais que o SINTAB irá comunicar às autoridades, designadamente à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

Entre as denúncias há também a questão das condições de trabalho, nomeadamente no que respeita à saúde e à insegurança. Depois da denúncia à comunicação social pelos trabalhadores de Vila Real, esta segunda-feira, hoje, em Vila Flor, as trabalhadoras deram conta de «várias considerações de desprezo da parte das chefias». Segundo o sindicato, «diversas trabalhadoras asseguraram ter recebido ameaças para trabalhar sem condições de segurança nos escadotes de acesso às plataformas elevadas, recebendo como resposta, quando se negavam, que a empresa tinha seguro e, em caso mais grave, asseguraria a execução da autópsia». Declarações «intolerantes», alerta o sindicato, salientando que «reflectem uma abominável postura de desrespeito pelas trabalhadoras e a sua condição humana».

A greve dos trabalhadores da antiga Sousacamp foi marcada em plenário para exigir um aumento salarial digno, mais segurança no trabalho, diuturnidades que valorizem a senioridade, 35 horas semanais, 25 dias de férias e a folga em dia de aniversário.

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