A política salarial da JAC Products, uma multinacional fornecedora de peças para automóveis com uma unidade fabril no Carregado, está longe de dar resposta «à perda de poder de compra dos últimos anos e às propostas que constam no Caderno Reivindicativo para 2024». Esta constatação foi reafirmada pelos trabalhadores, reunidos em plenário no passado dia 21 de Fevereiro.
Por iniciativa da empresa, os salários continuam estagnados, ainda que, por exemplo, em 2022 se tenha verificado um aumento de 15% no volume de vendas e de 50% nos resultados líquidos. O salário de um operário fabril de 1.ª? Continua com uma diferença de apenas 28 euros para o salário mínimo (848 euros).
Os trabalhadores e a comissão do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro Sul e Regiões Autónomas (SITE CSRA/CGTP-IN) «vão continuar a reivindicar aumentos salariais que permitam uma maior valorização e que sejam próximos das propostas apresentadas, de 15% com um mínimo de 150 euros».
Infelizmente, destaca o comunicado enviado ao AbrilAbril, é de realçar «a falta de respostas da empresa ao abaixo-assinado», entregue pelos trabalhadores no dia 18 de Dezembro de 2023, «e a constante ausência do gestor da empresa na mesa negocial, para discutir as matérias da política salarial e ouvir as preocupações dos trabalhadores». Por enquanto, os trabalhadores deixam uma garantia: «a luta vai continuar!». Na calha está a convocação de novos plenários para decidir acções de luta.
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