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Faurécia: com 100 milhões de lucros não há direito a pagar o mínimo

A Faurécia vai aplicar aumentos de 60 euros. O truque é que esses aumentos são relativos aos salários de 2023: com a subida do salário mínimo este ano, sobram menos de 30 euros para os quase 500 trabalhadores desta unidade.

Créditos / CGTP

A realidade na Faurécia, empresa que pertence à multinacional FORVIA, o 7.º maior grupo de fabrico de componentes automóveis, demonstra claramente a total desigualdade do nosso sistema económico: embora seja na fábrica de Bragança que se produzem os melhores resultados da empresa (que entre 2018 e 22 lucrou mais de cem milhões de euros) é aqui que se encontram os trabalhadores mais mal pago da empresa (cerca de 500 trabalhadores, a maior parte a receber o salário mínimo).

E é assim que a Faurécia quer continuar. Face às reivindicações dos trabalhadores, apoiados pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE Norte/CGTP-IN), a empresa aplicou, unilateralmente, um aumento de 60 euros, mas com um pequeno catch: o aumento é aplicado em relação ao salário de 2023.

Tendo em conta que a maior parte destes trabalhadores aufere o Salário Mínimo Nacional, e que em Janeiro de 2024 este foi alvo de um aumento, o que a Faurécia está, na verdade, a dizer é que vai aplicar um aumento salarial de pouco menos de 30 euros, mais de metade do que finge publicamente.

Reivindicando um aumento de 150 euros (em relação ao praticado neste momento) e um subsídio de alimentação de 8 euros diários, os trabalhadores da Faurécia vão realizar uma greve no dia 27 de Março, com concentração à porta da fábrica entre as 7h30 e as 10h30. 

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