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Minipreço continua a praticar «terrorismo psicológico»

A transferência de trabalhadores para longe dos locais de residência, o assédio moral ou o terrorismo psicológico pelas chefias motivaram os protestos ocorridos hoje em duas lojas Dia/Minipreço no Algarve.

Os trabalhadores do Dia/Minipreço dizem sofrer assédio moral e terrorismo psicológico por parte das chefias.
Os trabalhadores do Dia/Minipreço dizem sofrer assédio moral e terrorismo psicológico por parte das chefias.Créditos

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) convocou protestos que decorreram entre as 10h30 e as 12h30 no Minipreço em Vila Real de Santo António e entre as 15h e as 17h junto à loja de Tavira, contestando a forma como os trabalhadores estão a ser tratados nos seus postos de trabalho.

Maria José Madeira, dirigente do CESP, revelou à imprensa que em causa estão «transferências para mais de 100 quilómetros dos locais de residência dos trabalhadores, discriminações de funcionários por parte das chefias e quebras de direitos laborais das grávidas ou de assistência à família».

«Em causa estão transferências para mais de 100 quilómetros dos locais de residência dos trabalhadores, discriminações de funcionários por parte das chefias e quebras de direitos laborais das grávidas ou de assistência à família»

Maria Madeira, CESP

«Temos colegas, que desempenham a mesma função, transferidos da freguesia de Vila Real de Santo António para Portimão, enquanto o de Portimão foi transferido no mesmo dia para a loja de Vila Real de Santo António. São pessoas com a mesma função e que agora têm que gastar dinheiro em deslocações, podendo ficar cada um na sua cidade se não tivesse havido essa decisão da empresa, sem qualquer tipo de consulta a esses funcionários», criticou Sandro Gil, representante do CESP para as lojas Dia/Minipreço.

O sindicalista considerou que o objectivo da empresa com esta transferência é «criar situações insustentáveis para que estes funcionários se cansem, desistam do posto de trabalho e sejam contratados outros, com menos tempo de casa e vencimentos mais baixos».

Sandro Gil disse ainda ter testemunhado casos «mais graves» de «colegas que tiveram, por duas vezes, de ser assistidas e de deixar o trabalho pela forma vexatória e discriminatória como foram tratados pelos seus superiores», numa referência a um caso verificado com uma funcionária de Vila Real de Santo António que chegou a ser assistida medicamente após o episódio.

«Colegas que tiveram, por duas vezes, de ser assistidas e de deixar o trabalho pela forma vexatória e discriminatória como foram tratados pelos seus superiores»

Sandro Gil, CESP

Segundo o sindicato, após várias queixas relatadas pela comissão sindical à direcção do grupo Dia% em Portugal, com o objectivo de pôr termo aos referidos comportamentos, «continua tudo na mesma».

O representante do CESP referiu que há também casos nos armazéns em que «se registam diferenças salariais que chegam a ser de 100 euros para funcionários com a mesma categoria profissional», quando «deviam receber o mesmo porque fazem o mesmo trabalho», sublinhou. O comunicado do CESP distribuído aos clientes afirma que os trabalhadores discriminados são os que pediram horários flexíveis por necessidades familiares, os que têm filhos, ou os que ficaram doentes ou acidentados no trabalho.

O sindicato explica ainda no comunicado que as difíceis condições de trabalho e a falta de pessoal nas lojas leva os trabalhadores à exaustão física e a realizar mais horas do que a lei permite.

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