«O presente procedimento de despedimento colectivo abrange “somente” trabalhadores com funções que dizem ter sido transferidas para a EMAV em 2022», refere comunicado do Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT/CGTP-IN). O Grupo Media Capital, dona da TVI, está há vários meses a tentar transferir trabalhadores para esta empresa, do universo da Plural.
O sindicato levanta «muitas dúvidas quanto à legalidade deste despedimento colectivo», considerando que se trata «de uma perseguição e uma punição aos trabalhadores que não aceitaram a cessação do contrato de trabalho com a TVI e a sua passagem para a EMAV».
É que a argumentação utilizada pela administração, liderada por Mário Ferreira, «é falaciosa e enganadora», baseando-se na «perda de receita em publicidade desde a Covid-19 e a conjuntura económica desfavorável com prejuízos acumulados devido à Guerra na Ucrânia»: são pretextos que a realidade e «os discursos dos responsáveis da empresa nas “passadeiras vermelhas”» contradizem.
«Infelizmente, a administração da Media Capital e os seus accionistas, alguns afamados “empreendedores”, não olham a meios para atingir os fins e avançaram com este “rolo compressor”»: um despedimento colectivo de 12 trabalhadores para intimidar todos os que não se submeteram, ainda, aos desmandos do patronato.
O STT vai enviar pedidos de audiências aos grupos parlamentares e convocar a solidariedade da CGTP e dos sindicatos do Movimento Sindical Unitário, denunciando publicamente «este “atentado” contra 12 trabalhadores, 12 seres humanos que merecem respeito» e todo o apoio.
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